Aluno morto em colégio chamava atirador de “fedorento” e levou desodorante para colega
O
adolescente que assassinou dois colegas e feriu quatro em um atentado no
Colégio Goyases, em Goiânia, na sexta-feira (20), contou em depoimento à
Polícia Civil que era vítima de bullying. O jovem disse que era provocado por
alguns colegas que o chamavam de “fedorento” e, para zombar do estudante, um
dos adolescentes mortos no ataque havia levado um desodorante para o autor dos
disparos.
“Há
dois dias ele teve um desentendimento com uma das vítimas fatais. Ele contou
que estava sofrendo bullying e que sentia vontade de matar essas pessoas. “Eu
sofria bullying e vou matar”, foi o que ele disse”, contou o delegado da
Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (DEPAE), Luiz Gonzaga
Júnior.
Ainda
durante depoimento, o adolescente disse que vinha sofrendo bullying a cerca de
dois meses e, por conta disso, se interessou pelos massacres que aconteceram em
Realengo, no Rio de Janeiro, em 2011, e em Columbine, no Colorado, nos Estados
Unidos, em 1999.
Embora
tenha ido ao colégio apenas com intenção de matar o colega que havia zombado
dele dias antes, o autor dos disparos mudou de ideia após notar o desespero dos
outros estudantes.
“Ele
confessou ter mirado no principal desafeto dele. Após isso, com o desespero dos
demais alunos, ele afirmou que decidiu matar todos. “Vou matar todos vocês”,
ele contou que falou no momento”, disse o delegado.
Filho
de policiais militares, o jovem utilizou a arma da mãe para cometer o crime.
Ele a pegou escondido e guardou dentro da mochila sem que seus pais
descobrissem. O atentado aconteceu no final das aulas.
Adolescentes
feridos
Além
dos dois jovens mortos, quatro adolescentes foram feridos no atentado. Dois
meninos e uma menina seguem em estado estável. A quarta vítima, também uma
menina, está em estado grave. Segundo informações do jornal Correio
Braziliense, a vítima está internada no Hospital de Urgências de Goiânia (HUGO)
e segue em coma induzido.
“Ela
passou por uma cirurgia de drenagem dos dois pulmões, já que o projétil atingiu
os dois pulmões”, explicou o médico, Ricardo Furtado. (via VN)
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