Remanso-BA: Cofre com R$ 50 mil em dinheiro é apreendido em operação que apura fraude que desviou R$ 13 milhões
R$ 50 mil em dinheiro além de quantia em cheque foram apreendidos em cofre, na residência de um dos envolvidos (Foto: Divulgação/MP-BA) |
Um
cofre com R$ 50 mil em dinheiro e cheques que ainda serão contabilizados foi
apreendido na casa de um dos envolvidos em um esquema de fraude em licitações
da cidade de Remanso, no norte da Bahia, que teria desviado R$ 13 milhões de
verba pública. O Ministério Público não informou quem é o proprietário da
residência aonde o dinheiro foi achado.
O
esquema foi alvo, na última terça-feira (21), da "Operação Carro
Novo", deflagrada pelo Ministério Público (MP-BA), que prendeu o
ex-prefeito da cidade, o presidente da Câmara, vereadores, um ex- secretário
municipal, servidores públicos e empresário.
Os
presos identificados pelo MP-BA foram o ex-prefeito de Remanso, Celso Silva e
Souza, e o ex- secretário de Administração e Finanças, Arismar Silva e Souza,
que são irmãos; além do presidente da Câmara de Vereadores, Cândido Francelino
de Almeida, e do empresário José Mário da Conceição.
De
acordo com os promotores de Justiça, os presos estão envolvidos em uma
organização criminosa instalada na prefeitura de Remanso durante os anos de
2013 e 2016. Eles são suspeitos de operacionalizar um esquema de corrupção
generalizada, através de fraude em processos licitatórios para locação de
veículos para as secretarias da prefeitura.
A
operação aponta que os integrantes do grupo desviaram cerca de R$ 13 milhões
por intermédio da empresa JMC Construtora, Comércio e Serviços Ltda, que tem
como sócio-administrador o empresário José Mário da Conceição, o
"Mazinho", também alvo de prisão preventiva.
Durante
a operação, foram cumpridos 12 mandados de prisão preventiva, seis de condução
coercitiva e 18 de busca e apreensão.
Além
disso, segundo os promotores de Justiça, o dinheiro público foi utilizado para
custear gastos particulares, dívidas de campanha e compra de apoio político.
Ainda
conforme o MP-BA, eles registram que muitos dos veículos sublocados pela JMC
estavam em nome de “laranjas” e beneficiavam vereadores e outros políticos.
Também foram apreendidos documentos, celulares, computadores e veículos de
luxo. (Fonte: G1)
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