Oeste da Bahia: Justiça autoriza que presidente da Câmara de Correntina, preso durante operação, retorne ao cargo
A Justiça
decidiu o retorno ao cargo do presidente da Câmara de Vereadores de Correntina,
no oeste da Bahia, Wesley Campos Aguiar, conhecido como Maradona (PV). Ele foi
solto em novembro deste ano, depois de passar 22 dias preso após a operação o
"Último Tango" do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA).
O
afastamento do cargo na Câmara havia sido determinado como uma medida cautelar
após a soltura. No entanto, o desembargador Jefferson Alves de Assis decidiu
que Maradona fosse reintegrado ao cargo, em despacho publicado no Diário de
Justiça eletrônico nesta terça-feira (19).
Em
conversa com o G1, Maradona disse que vai voltar ao cargo na sessão da Câmara
de Veredores ainda nesta terça.
Ele
também sustentou que a operação do MP-BA não comprovou dano ao erário do
município. "São só suposições. São coisas que fizemos, coisas dentro do
mandato que a lei preconiza. Estou muito confiante que não houve dano ao
erário. Nunca pedi um real a prefeito para aprovar projeto. Armaram para
mim", afirmou.
Maradona
foi solto no dia 15 de novembro. Ele e outros cinco vereadores tinham sido
detidos na operação deflagrada pelo MP-BA no dia 26 de outubro. Três dos presos
foram soltos em 30 de outubro, enquanto os outros dois foram liberados no dia
seguinte, 31 de outubro.
Operação
Segundo
o MP-BA, todos os alvos de prisão estariam envolvidos na formação de
organização criminosa suspeita de fraudar processos licitatórios e contratos na
cidade, além de desviar verbas públicas mediante pagamento de gratificações
indevidas a servidores.
O
grupo também teria feito exigências ilícitas ao prefeito da cidade, inclusive a
entrega de propina de R$ 50 mil para alguns vereadores em troca da aprovação de
projetos de lei.
Foram
cumpridos, no total, quatro mandados de prisão preventiva, quatro de prisão
temporária e três de condução coercitiva. Os mandados foram expedidos pela Vara
dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organizações Criminosas de
Salvador. As polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal auxiliaram no
cumprimento dos mandados.
O
atraso das obras da nova Câmara de Vereadores esteve entre as denúncias feitas
ao Ministério Público da Bahia. O gasto previsto para a construção era de R$
4,4 milhões e já foram gastos mais de R$ 3,5 milhões.
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