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Vídeos: Há 23 anos, Brasil chorava a morte dos “Mamonas Assassinas”


O dia 02 de março de 1996 está na memória dos brasileiros como um dos seus momentos mais tristes. Naquele dia, todos os integrantes dos “Mamonas Assassinas” morreram, quando o avião que os transportava caiu, depois e sair de Brasília, onde o grupo havia feito um show, colidindo com a Serra da Cantareira no norte de São Paulo.


Até hoje, decorridos 23 anos da morte dos 5 integrantes do grupo, eles são lembrados como símbolos de libertação, alegria e extravagâncias e inventividade incomuns. O grupo conquistou o Brasil com músicas irreverentes e satíricas que ficaram na memória popular. Mamonas foi sinônimo, também, da primeira dor de uma geração que ainda não estava acostumada com a perda.


Em junho de 1995, o grupo se tornou um fenômeno da cultura pop com o lançamento do primeiro álbum. O disco vendeu mais de 3 milhões de cópias, 25 mil só nas primeiras 12 horas após a estreia nas rádios.


Liderada pelo vocalista Alecsander Alves, o Dinho, Mamonas virou um ícone para jovens e crianças, fisgados pelo visual fantasioso e musicalidade cheia de referências aos estilos brasileiros. O álbum autointitulado “ mistura brega com forró e até hard rock”.


Em apenas nove meses de turnê, os Mamonas Assassinas visitaram quase todos os estados brasileiros, lotando estádios e levando ao delírio todos que compareciam aos seus contagiantes shows.


O acidente que os matou aconteceu às 23h56min de sábado, 2 de março de 1996, depois de um show no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. O avião, um Lear Jet, prefixo PT-LSD, da empresa Táxi Aéreo, colidiu com a Serra da Cantareira, Zona Norte de São Paulo.


O tempo estava fechado na Grande São Paulo na noite de 2 de março de 1996, um sábado. Uma espessa neblina cobria parte da Serra da Cantareira quando, por volta das 23h15, um jato executivo Learjet avançou por sobre as árvores, atravessou a cortina de névoa fria e colidiu na mata. Os nove ocupantes morreram: os dois tripulantes, um segurança, um assistente de palco e os cinco jovens músicos dos Mamonas Assassinas.


No domingo, mães e pais receberam a missão de contar aos filhos sobre a morte dos jovens – todos entre 22 e 28 anos. O fato ressoou na mídia nos dias que seguiram. Cerca de 100 mil pessoas acompanharam o velório dos Mamonas. O grupo era formado Alecsander Alves (Dinho), de 24 anos à época, vocalista e líder da banda; Alberto Hinoto (Bento), de 26, guitarrista; Júlio Cesar Barbosa (Júlio Rasec), de 28, tecladista; e os irmãos Samuel e Sérgio Reis de Oliveira (Samuel e Sérgio Reoli), de 22 e 26, respectivamente baixista e baterista.


O som que apresentavam era uma mistura de punk rock com influências de gêneros populares, tais como forró (Jumento Celestino), brega (Bois Dont Cry), além de heavy metal (Débil Metal), pagode (Lá Vem o Alemão), Música mexicana (Pelados em Santos), Rap (Zé Gaguinho), Reggae (Onon Onon) e o vira (Vira-Vira).


A carreira da banda, com o nome de Mamonas Assassinas, durou de julho de 1995 até 2 de março de 1996 (pouco mais de 7 meses) e não só a morte de seus integrantes, como também o sucesso destes, foi meteórico e estrondoso.


Com um único álbum de estúdio, Mamonas Assassinas, lançado em junho de 1995, o grupo acarretou a venda de mais de 3 milhões de cópias no Brasil, sendo certificado com Disco de Diamante em 1995, comprovado pela ABPD. Álbum este, que com letras bem-humoradas, como “Pelados em Santos”, “Robocop Gay”, “Vira-Vira”, “1406” e “Mundo Animal”, os levou ao sucesso estrondoso. Porém, no auge de suas carreiras, os integrantes da banda foram vítimas de um acidente aéreo fatal. (Por Meio Norte)




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