Assista ao vídeo: Secretário de Educação de Jequié tenta minimizar repercussão negativa das “mochilas”
O tamanho de
mochilas escolares distribuídas a alunos do ensino municipal pela prefeitura de
Jequié, localizada na região sudoeste da Bahia, virou piada na internet. Isso
porque tanto os alunos dos últimos anos do ensino fundamental 2 como os das
creches da cidade, com idades até seis anos, receberam mochilas padronizadas
com o mesmo tamanho.
Para os
estudantes menores, a mochila é muito grande, e os pequenos chegam a caber
dentro do utensílio. Conforme a prefeitura de Jequié, a Secretaria de Educação
da cidade deu início à entrega de kits escolares na última sexta-feira (5) aos
quase 18 mil alunos da rede pública de ensino. Além das mochilas, os kits
contêm camisetas e uma espécie de pochete para que os alunos possam guardar
materiais como lápis, canetas e borrachas. As camisetas, no entanto, têm o
tamanho de acordo com a idade dos alunos. Incomodado com a repercussão
negativa, o secretário de Educação de Jequié, Roberto Gondim, falou sobre o
caso. Assista a reportagem do Jornal Hoje:
Gondim reconheceu que houve erro ao não prever
um quantitativo de mochilas em tamanho menor para crianças também menores. Ele
explica que teve que correr contra o tempo para concluir a licitação antes do
encerramento das matrículas dos estudantes. Assim, no momento em que o edital
foi lançado, ainda não havia uma estimativa do total de alunos matriculados.
Vencida por uma
empresa de Santa Catarina, a licitação previa a aquisição de 18 mil mochilas,
18 mil estojos contendo itens como lápis, borracha, caneta, dentre outros, e 36
mil camisas para fardamento escolar. O montante envolvido em toda a compra
chegou a R$ 467,8 mil. Somente as mochilas custaram R$ 205,2 mil, o que
representa R$ 11,40 por unidade.
“Quando
assumimos a prefeitura, éramos oposição à gestão anterior. Tomamos posse sem um
processo de transição, identificamos que a rede municipal de ensino, que já
teve 21 mil estudantes, fechou com 13 mil e precisávamos, num espaço recorde da
posse até o início do ano letivo, atrair novos alunos”, conta Gondim, apontando
o cenário em que o kit foi adotado como estratégia para conseguir os 4 mil
novos alunos matriculados.
Ao ver a
repercussão da polêmica envolvendo as mochilas dos estudantes, o secretário
tentou minimizar as críticas. “Abro aqui um parentêses, quando vou levar meu
filho na escola particular, as mochilas geralmente são maiores que os alunos. A
mochila é para os pais ou responsáveis carregarem. Até porque há uma norma do
Ministério da Saúde para que as crianças não carreguem peso”, frisou. Gondim
também disse que chegou a achar as montagens engraçadas e criticou o uso
político do caso. // G1 Bahia . Bocão News.
Assista a reportagem do Jornal Hoje:
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