Irecê/BA: Operação Voo Livre é iniciada com apreensão de pássaros silvestres
Nesta segunda (14), aconteceu, em
Irecê, a primeira ação da Operação Voo Livre, contra o tráfico e
comercialização de pássaros silvestres no município. Trata-se de uma ação
conjunta da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
(Semades), Companhia Independente da Polícia de Proteção Ambiental (CIPPA –
Lençóis), secretarias municipais de Agricultura e Administração, Coordenação
Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT) e Tiro de Guerra de Irecê.
Motivada pelas constantes denúncias à
Ouvidoria Municipal e Semades, a operação aconteceu, no espaço da feira livre
de Irecê, e imediações do Mercado Municipal, com a participação de 36 pessoas,
entre técnicos das secretarias, policiais e atiradores; oito veículos e um
drone.
Foram apreendidas diversas gaiolas,
armadilhas e muitas aves da Caatinga. Os pássaros, após terem seu estado de
saúde atestado pelo veterinário Daniel (Seagri Irecê), foram devidamente
alimentados, dessedentados, colocados nas gaiolas maiores e enviados para
soltura em local adequado, sob orientação técnica. As gaiolas menores e
armadilhas foram destruídas, visto que a comercialização das mesmas incentiva o
cativeiro das aves.
Para o secretário Francisco Borges, a
Operação foi de extrema importância no sentido de preservar as poucas aves que
ainda restam em nossa região. “As abordagens iniciais têm o intuito de coibir a
atividade ilegal de captura e comercialização de pássaros nativos. Daremos
continuidade à operação de forma incisiva, fiscalizando de perto com agentes
voluntários infiltrados em pontos onde acontece o tráfico, buscando identificar
os responsáveis e, posteriormente, oferecendo denúncias ao Ministério Público
para as devidas providências”.
O secretário lembra ainda que “o
crime ambiental não é praticado apenas pelos comerciantes, mas também pelos
compradores. Conforme o Artigo 29 da Lei nº 9.605/1998, que trata dos Crimes Ambientais,
quem mata, persegue, caça, apanha e utiliza espécimes da fauna silvestre de
forma irregular pode ter como pena, detenção de seis meses a um ano e multa de
até R$ 6 mil por pássaro”. (Fonte: Ascom/PMI)
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