Região de Irecê: Presidente Dutra/BA, TJ concede à defesa de jovem preso direito de ouvir transexual
O Tribunal de Justiça da Bahia
(TJ-BA) concedeu à defesa de Domingos Mendes, 20 anos, preso desde abril deste
ano, o direito de ouvir a transexual Bárbara Trindade, a Babi, alvo de
tentativa de homicídio no município de Presidente Dutra. Na alegação, os
advogados Alex Vinícius Nunes Novaes Machado e Eric Nunes Novaes Machado
ressaltaram que o jovem foi preso com base em depoimentos contraditórios da
vítima.
“Conseguimos um Hapeas Corpus no
TJ-BA anulando parte do processo e reabrindo a instrução. Durante o inquérito,
ela sempre deixou claro que não conhece Domingos, mas alguns familiares (de
Babi) persistem em dizer que eles se conheciam, e que essa informação foi
repassada por Bárbara. Só que ela nunca afirmou isso às autoridades. Precisamos
saber quando ela fala a verdade, se para as autoridades ou para a família”,
declarou o advogado Alex Vinícius, em conversa com a reportagem, frisando que a
vítima falou com o Ministério Público e a polícia por mais de quatro vezes
durante o inquérito. O depoimento ainda não tem data marcada.
Segundo a defesa, o pedido já havia
sido negado pelo juiz Ruy José Amaral Adães Júnior, de Irecê.
PRESOS
O frentista Domingos Mendes foi preso
com base no primeiro inquérito, onde a vítima teria afirmado sua participação
no atentado, apesar do atirador chegar ao local usando capacete, conforme
imagens de câmeras de segurança. Após pressão da família do jovem e de populares,
um segundo inquérito foi responsável pela prisão do policial militar Paulo
Roberto Ferreira Machado, outro suspeito pelo crime.
O policial, que chegou a ser solto
após cumprir prisão temporária no Batalhão de Choque, em Lauro de Freitas,
voltou a ser preso preventivamente. De acordo com a família de Domingos,
durante o atentado, Paulo Roberto contou a ajuda de um comparsa, que estaria
foragido. A reportagem tentou contato com a defesa de Paulo Roberto, mas até a
publicação da matéria não obteve retorno.
O CASO – A transexual Bárbara
Trindade, 22, ficou tetraplégica após sofrer dois disparos de pistola 380. Ela
teria sido atraída para o local do crime através de uma conversa via WhatsApp,
supostamente enviada por Domingos. A família do frentista nega a versão e
credita o surgimento do nome do jovem no caso a um perfil falso criado por
Paulo Roberto, que teria planejado a morte de Babi por conta de uma foto
divulgada na cidade em que os dois apareciam abraçados. (Bocão News)
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