Itabuna-BA: Polícia recupera R$ 920 mil de quadrilha de esquema de pirâmide
O Departamento de Crimes Contra o
Patrimônio (DCCP) apreendeu R$ 920 mil de uma quadrilha baiana que vinha sendo
investigada por um esquema fraudulento de pirâmide financeira. A Polícia Civil
estima que a ação do grupo tenha lesado milhares de pessoas em todo país e
rendido mais de R$ 200 milhões aos estelionatários.
Segundo a assessoria da polícia
civil, o dinheiro estava depositado na conta de Edilane Alves de Oliveira,
sogra do também investigado Danilo Gouveia, apontado como líder da quadrilha.
Os dois estão com as prisões decretadas pela Justiça e são procurados. O
Departamento de Polícia do Interior (Depin), por meio da 6ª Coordenadoria
Regional de Polícia do Interior (Coorpin), de Itabuna, também participa das
investigações.
A ação que resultou na recuperação do
montante é uma continuidade da Operação Gizé, deflagrada pelos dois
departamentos, em agosto deste ano, e que cumpriu dez mandados de busca e
apreensão, em Itabuna. Uma das ações ocorreu na sede da empresa de fachada D9
Clube, na Avenida Ruffo Galvão, e lá foram apreendidos veículos, uma moto
aquática, uma motocicleta Harley-Davidson, um minerador de moeda virtual e até
um drone.
Pirâmide
Iniciada na Delegacia de Repressão a
Furtos e Roubos (DRFR), de Itabuna, a investigação revelou que o grupo aplicava
um golpe classificado como de cooptação progressiva de pessoas, a “pirâmide
financeira”. Os investigados, para tanto, utilizavam a empresa de fachada D9
Clube para comercializar o serviço de treinamento de pessoas em apostas
esportivas.
Para atrair as vítimas, a D9 Clube
informava em seu site oficial www.d9clube.com e em redes sociais abertas que o
percentual de lucro obtido com as realizações das apostas de seus clientes
seria de 33 por cento sobre o valor investido, com pagamento semanal durante um
ano, e ao final, ainda o valor principal investido de volta.
Os integrantes da quadrilha vão
responder pelos crimes de estelionato, formação de quadrilha, lavagem de
dinheiro e pichardismo, uma exploração fraudulenta de credulidade pública que
se diferencia do estelionato porque o número de pessoas é indeterminado. O
valor recuperado foi depositado em uma conta judicial e ficará à disposição da
Justiça Criminal para possível reparação dos prejuízos causados as vítimas.
(Correio)
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