BH: Jovem sobrevive após levar dois tiros, paulada na cabeça e ser enterrado vivo
Um
jovem de 18 anos foi encontrado com vida após ser agredido e enterrado por
criminosos em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. De acordo a
Polícia Civil, o jovem desapareceu no dia 26 de julho e foi encontrado pela mãe
cerca de um mês depois, em estado de coma, no Hospital de Pronto-Socorro João
XXIII, na capital mineira.
“Deus
me deu outra vida”, constatou o rapaz durante coletiva da polícia sobre o caso
nesta terça-feira (17). Em depoimento à polícia, ele relatou os momentos de
terror. “Primeiro foi paulada na cabeça, aí eu já desmaiei. Depois foram dois
tiros”.
Ainda
de acordo com a corporação, o motivo do crime seria a punição pelo roubo de uma
porção de droga de pessoas envolvidas com o tráfico.
Questionado
sobre como conseguiu sair da vala onde foi enterrado, ele contou ter cavado a
terra com a unha e se arrastado até um local movimentado. A investigação aponta
que o rapaz foi encontrado por moradores próximo a um penhasco, na região onde
o crime ocorreu.
Dois
dos três suspeitos de praticar o crime foram presos e serão investigados por
sequestro e tentativa de homicídio. Segundo o delegado Wilson Luiz de Oliveira,
responsável pelo caso, os detidos teriam mostrado surpresa ao saber que o rapaz
sobreviveu.
Uma
terceira mulher, suspeita de participar do crime ainda é investigada. Segundo a
corporação, o rapaz estava na casa dela quando foi sequestrado.
“O
perfil deles é ficha extensa na polícia, com tráfico de drogas, homicídio,
porte de arma”, revelou o delegado, acrescentando acreditar que o crime foi
premeditado.
Segundo
a polícia, depois de roubar uma porção de droga, o jovem teria sido chamado
para a casa de uma mulher, onde foi sequestrado e colocado no porta malas de um
carro, sendo levado para um local ermo.
Nesse
local, o jovem conta ter sido agredido com pauladas pela mulher, que acompanhou
o grupo durante o sequestro, e outro suspeito atirou contra ele. O grupo o
colocou em uma vala e jogou terra por cima. Após as agressões, ele afirma ter
conseguido sair da vala onde foi jogado e se arrastado até uma rua movimentada,
onde foi socorrido por moradores da região.
Segundo
as investigações, alguns dos suspeitos do crime eram amigos do rapaz agredido.
O jovem já teria, inclusive, trabalhado como pedreiro com o irmão da mulher
apontada como parte do grupo de agressores.
A
mãe do rapaz acredita que ter encontrado o filho com vida “foi um milagre”. “Se
não fosse a mão de Deus, ele não estava aqui pra contar’, afirmou.
O
jovem de 18 anos se recupera dos traumas. Segundo sua mãe, ele ainda trata
algumas sequelas como paralisia facial, da face e do braço. Além disso, caminha
com dificuldade. “É um desafio muito grande porque vai depender de remédio, de
fralda”, apontou.
Sobre
os suspeitos do crime, também conhecidos pela mãe, ela afirma que pede “a Deus
pra que faça o melhor por eles, assim como fez pelo meu filho”. (G1)
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