Bahia: Remédio à base de maconha vai ser comprado por ordem judicial
Num
caso único até agora na história da Bahia, a Secretaria de Saúde da Prefeitura
de Salvador publicou na terça, 20, aviso de convocação para empresas
fornecedoras de medicamentos apresentarem preços para o revivid tincture –
canabidiol 1000mg/30 ml.
A questão:
o remédio é à base de maconha e por isso alvo de muita polêmica. No caso em
apreço, a Secretaria de Saúde cumpre ordem judicial para atender o tratamento
de um paciente com epilepsia grave.
Avanço
travado – Isso acontece porque o medicamento é caro e fica proibitivo para o
cidadão comum comprar, segundo o médico Túlio Alves, um doutor da Uneb
especialista em dor que é ferrenho defensor do uso da canabis para fins
medicinais, prática corriqueira nos EUA. Ele cita que a morfina, droga tida
como bem mais pesada, já é usada, mas com a maconha há esse preconceito.
No
Brasil, apesar de algumas decisões judiciais isoladas, é proibido o plantio
mesmo para fins científicos e segundo Túlio, aí está a razão do encarecimento.
Embora a Anvisa já tenha dito que nada tem contra o uso para fins científicos,
diz que é uma postura ainda tímida:
–
Ora, a ciência já comprovou, essa é a última novidade, que o nosso organismo
tem um sistema canabinóide endógeno, com múltiplas funções. Ou seja, temos
maconha no corpo. Só nos falta uma compreensão sensata. (Levi Vasconcelo – A
Tarde)
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