Bahia: Falso advogado é preso por usar anúncio de vagas de emprego na internet para estuprar mulheres
Um
homem foi preso, nesta sexta-feira (9), em Salvador, suspeito de anunciar vagas
de emprego em um site para estuprar mulheres. De acordo com a polícia, Edson
dos Santos Rocha, 66 anos, atuava como advogado, mas, na verdade, é contador.
Ele não tem formação em direito. O homem nega todas as acusações.
Ele
foi capturado em um prédio comercial de alto padrão, na região do Caminho das
Árvores, na capital. Ele trabalhava no escritório de advocacia há 7 anos.
Quando foi preso, o homem estava acompanhado de duas adolescentes, de 16 anos.
Uma outra jovem, de 18, estava no escritório quando a polícia chegou ao local.
As
investigações começaram a ser feitas pela Delegacia Especial de Atendimento à
Mulher (Deam) de Periperi, há 6 meses, após a primeira denúncia. Conforme a
polícia, Edson abusava das candidatas durante as entrevistas de emprego e
também estuprava as mulheres que trabalhava com ele. Até o momento, foram
identificadas cerca de cinco vítimas.
De
acordo com a titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de
Periperi (Deam/Periperi), Simone Moutinho, o homem atraía jovens com idade
entre 14 e 22 anos para uma "entrevista de emprego", por meio dos
anúncios de emprego na internet.
As
vítimas eram abusadas no escritório do suspeito. Algumas foram contratadas e
passaram a sofrer abusos também no ambiente de trabalho.
Ainda
conforme a delegada, após a primeira denúncia, as funcionárias passaram a
sofrer ameaças para que não colaborassem com as investigações. No escritório,
Edson trabalhava com quatro secretarias e dois advogados.
De
acordo com a polícia, também foi apreendido material pornográfico,além de
celulares, computadores, pen drives e documentos, na casa de Edson, em Vilas do
Atlântico, bairro de classe média alta em Lauro de Freitas, região metropolitana
de Salvador.
Simone
Moutinho informou que o suspeito será indiciado por estupro, assédio, corrupção
de menores e ameaça. Ele também vai responder por manter as funcionárias em condições
de trabalho análogas à escravidão.
Edson
pagava cerca de R$ 500 de salário e o valor do transporte para as mulheres que
foram contratadas, e oferecia "presentes" devido aos "favores
sexuais". As funcionárias não tinham nenhum tipo de contrato assinado que
garantisse um vínculo trabalhista.
"Ele
atendia cerca de seis jovens por dia [interessadas na vaga anunciadas na
internet]. Por isso, suspeita-se que o número de vítimas seja maior. O mais
importante é que a visibilidade do caso incentive outras possíveis vítimas e
elas também denunciem", disse a delegada.
O
caso segue em investigação na Delegacia de Atendimento Especial à Mulher, em
Periperi. Fonte: G1 Bahia.
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