Luís Eduardo Magalhães-BA: Galos apreendidos em rinha são abatidos após decisão judicial
Galos
apreendidos em uma rinha em Luís Eduardo Magalhães, o oeste da Bahia, foram
abatidos na tarde de sexta-feira (9). O abate de 90 aves foi feito em uma
indústria de processamento de aves, após autorização judicial.
Desde
o dia 26 de julho, quando foram apreendidos, os galos estavam no antigo pátio
da delegacia do município, mas foi solicitado o abatimento por não haver condições
de mantê-los no local.
Na
decisão judicial, o juiz Flávio Ferrari esclareceu que tentou de várias formas
evitar o sacrifício dos galos, mas que órgãos de defesa, como Ibama e
Secretaria do Meio Ambiente não tinham onde colocar as aves.
Conforme
o documento judicial, o Ministério Público, que acompanhou o caso, pediu a
transferência dos animais para uma comunidade terapêutica da cidade, com o
objetivo das aves servirem de alimento para as pessoas atendidas pela instituição.
No
entanto, um parecer técnico apresentado por um médico veterinário, apontou a
impossibilidade dos galos serem utilizados para alimentação, já que eles foram
submetidos a stress continuado, traumas, e tratados com procedimentos
veterinários inapropriados, devido a ferimentos causadas pelas lutas.
Ainda
na decisão, o juiz acrescenta que consta no laudo que a carne dos animais não
servia para consumo humano, por conta dos hormônios que recebiam. A Justiça
disse, também, que não tinha como ser feita a doação dos galos para Ongs, por
exemplo, porque todos foram treinados para matar.
Inicialmente,
o delegado Leonardo Mendes, titular de Luís Eduardo Magalhães, disse que cerca
de 200 galos foram apreendidos na ação. No entanto, segundo o delegado Rivaldo
Luz, coordenador da Polícia Civil na região, não se sabe o número exato de
animais capturados.
Rivaldo
disse que outros galos apreendidos na ação, que não precisaram ser
sacrificados, foram entregues a órgãos de proteção aos animais. O delegado não
tinha detalhes de quantas aves deixaram de ser abatidas.
Caso
Há
duas semanas os animais foram apreendidos na operação Canta Galo, feita pela
Polícia Civil e Ministério Público da Bahia (MP-BA), após denúncias.
Na
ocasião, cerca de 150 pessoas chegaram a ser presas na rinha clandestina, que
funcionava às margens da BR-020. Na rinha, os animais eram postos pra brigar
numa espécie de arena. Os apostadores assistiam a tudo de camarote.
De
acordo com a Justiça, vários animais apresentavam ferimentos recentes, outros
de lutas finalizadas pouco antes da polícia chegar ao local. Foi apreendida no
local a quantia de R$ 30 mil, além de objetos como biqueiras de metal, esporas,
medicamentos destinados aos animais, como anti-inflamatórios e hormônios
injetáveis.
Os
donos dos animais e o proprietário da rinha respondem em liberdade por crime de
abuso e maus tratos aos animais. G1 Bahia.
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