Fiscais identificam situação de trabalho precária na região de Irecê
Auditores
Fiscais do Trabalho identificaram um grupo de trabalhadores sendo explorados na
região do Platô de Irecê. A operação aconteceu entre os dias 23 e 27 de
setembro e constatou situações de trabalho extremamente precárias, tanto nas
colheitas quanto nos galpões de beneficiamento. As inspeções foram realizadas
nas áreas rurais das cidades de Irecê, João Dourado, América Dourada, Lapão,
Canarana, Barro Alto, Morro do Chapéu e outras circunvizinhas, nas culturas de
cenoura, beterraba, tomate, cebola, pimentão e morango.
Entre
as irregularidades encontradas na produção, citam-se: trabalhadores laborando
sem carteira assinada, com remuneração mensal inferior ao salário mínimo, sem
controle de jornada de trabalho, sem recebimento de décimo terceiro salário ou
gozo de férias, sem recolhimento de FGTS e de INSS, entre outras.
Ainda
de acordo com os auditores, não existe infraestrutura alguma nas frentes de
serviço no tocante à segurança do trabalho. Os empregadores não fornecem água
potável para beber, instalações sanitárias, abrigo contra intempéries e local
para refeições. Nos galpões de beneficiamento, as condições de trabalho eram
igualmente irregulares, a despeito de alguns poucos trabalhadores estarem com
suas carteiras assinadas. As máquinas lá encontradas expunham os trabalhadores
a riscos de laceração/amputação de dedos e mãos e de choque elétrico, sendo
interditadas de imediato.
O
transporte coletivo dos trabalhadores era feito em condições de risco de
acidente grave ou fatal, em ônibus precários, em reboque puxado por tratores ou
em caçamba de caminhões. Outra situação alarmante foi a constatação de menores
laborando no campo, em atividade elencada como uma das piores formas de
trabalho infantil. (As informações são do site voz da Bahia)
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