Ibipitanga-BA: Licitação para extração de minério de ferro no município será no dia 10 de dezembro
A
licitação que vai selecionar uma empresa para extrair minério de ferro em
Ibipitanga, município do sertão da Chapada Diamantina, ocorrerá no dia 10 de
dezembro. O processo foi aberto pela Companhia Baiana de Pesquisa Mineral
(CBPM) em setembro. A empresa vencedora assinará um contrato com a CBPM se
comprometendo a fazer pesquisas complementares na área, com investimento mínimo
de R$ 2 milhões em até dois anos. Em seguida deverá ser requerida a portaria de
Lavra junto à Agência Nacional de Mineração, que é a permissão para explorar
comercialmente os minérios.
Os
trabalhos desenvolvidos pela CBPM mostraram a ocorrência de minério de ferro de
boa qualidade na jazida, com teores médios superiores a 40% de ferro e
granulação média a fina de óxidos como magnetita, martita e hematita. A
extração do ferro poderá ser feita sem a utilização de barragens, com separação
magnética das substâncias. Ao final da exploração, os rejeitos deverão ser
colocados de volta na cava, diminuindo o impacto ambiental.
Para
Antonio Carlos Tramm, presidente da CBPM, a mineração é uma oportunidade de
desenvolvimento para o centro-oeste baiano. “Temos que pensar na
sustentabilidade não só como proteção ao meio-ambiente, mas também como a
criação de condições de vida para as pessoas. Aliar os dois lados e levar o
desenvolvimento sustentável para o interior da Bahia”, diz.
A
produção de minério de ferro em Ibipitanga deve ser escoada através da Fiol
(Ferrovia Oeste-Leste), indo até o Porto Sul em Ilhéus. O corredor logístico
tem previsão de conclusão em 2023. A estimativa de investimento na sua
construção é de R$ 6,4 bilhões. No caso do Porto Sul, serão R$ 2,5 bilhões.
Em
2019, os esforços da CBPM já resultaram na assinatura de dois contratos com a
iniciativa privada. Um em agosto para exploração de fosfatos, chumbo e zinco em
Irecê e Lapão, centro-oeste do estado, e outro em outubro para exploração de
ouro no município de Iramaia, região da Chapada Diamantina. Os acordos
asseguraram investimentos de no mínimo R$8 milhões em pesquisas complementares,
com possibilidades de geração de empregos e renda para os municípios. As informações são de assessoria.
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