PF deflagra operação na Bahia para desarticular organização criminosa que usava 'mulas' para levar cocaína para a Europa
A
Polícia Federal deflagrou na manhã deste sábado (14), na Bahia, a Operação
Olossá, que tem como objetivo desarticular uma organização criminosa
especializada no tráfico internacional de drogas.
De
acordo com a PF, o modus operandi principal da organização era a utilização de
"mulas" para transporte de cocaína para a Europa, por via aérea,
escondida nas bagagens.
A
investigação teve início em maio de 2019, a partir de informação recebida pelo
serviço de Disque Denúncia da Secretária de Segurança Pública da
Bahia.
Segundo
a PF, a partir daí identificou-se que o chefe da organização criminosa era dono
de uma barraca de praia em Lauro de Freitas, na região metropolitana de
Salvador, e usava o estabelecimento para aliciar pessoas – as chamadas “mulas”
– para levar a droga.
Ele
também era o responsável por providenciar os passaportes, as passagens e ainda
fornecia os euros para custear as despesas da viagem.
Ao
longo da investigação foram presas 10 pessoas tentando embarcar com cocaína em
aeroportos da Bahia, Pernambuco, Ceará, São Paulo e Paraná, e mais outras três
pessoas responsáveis pela entrega das malas já prontas, com a droga escondida,
para as "mulas".
De
acordo com a PF, no total, foram apreendidos nessas ações pouco mais de 25 Kg de
cocaína. Cada viagem podia render até meio milhão de reais para a quadrilha, e
a "mula" recebia em torno de R$ 20.000 no caso de êxito no transporte
da droga.
Grande
parte das pessoas aliciadas fornecia o mesmo endereço à Polícia Federal para a
confecção do passaporte, o que também chamou a atenção da polícia. Por esse
motivo deu-se o nome da operação, já que o endereço falso era na Ladeira do
Olossá, no bairro de Itapuã, em Salvador.
Neste
sábado estão sendo cumpridos cinco mandados de prisão preventiva e quatro
mandados de busca e apreensão nas cidades de Salvador e Ipiaú, na Bahia, além
de Ananindeua, no Pará, todos expedidos pela 17ª Vara Federal da Seção Judiciária
de Salvador.
Os
investigados irão responder pelos crimes de organização criminosa, tráfico de
drogas e falsidade ideológica, cujas penas, somadas, podem ultrapassar os 28
anos de reclusão. (Fonte: G1 Bahia)
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