Ronaldinho Gaúcho é investigado por suspeita de uso de passaporte falso no Paraguai
O
ex-jogador Ronaldinho Gaúcho e seu irmão, Assis Moreira, são investigados por
suspeita de uso de passaporte e documentos de identificação paraguaios falsos.
Eles ficaram sob custódia no hotel onde estavam hospedados em Assunção, no
Paraguai, na noite desta quarta-feira (4).
O
ex-ídolo da seleção brasileira de futebol está na capital paraguaia para
compromissos comerciais.
A
Polícia Nacional e autoridades dos ministérios do Interior e Público foram até
o hotel após denúncia do Departamento de Identificações do Paraguai, que
advertiu às autoridades migratórias sobre a irregularidade com os passaportes
paraguaios.
Na
suíte em que o ex-atleta está hospedado foram apreendidos passaportes
paraguaios e carteiras de identidade, além de telefones celulares, de
Ronaldinho e do irmão. Segundo o Ministério do Interior do Paraguai, os
documento estavam adulterados.
Os
dois irmãos passaram a noite sob custódia da polícia no Hotel Resort Yacht y
Golf Club Paraguayo. De acordo com a imprensa paraguaia, eles têm audiência
nesta quinta (5) com representantes do Ministério Público local e devem prestar
depoimentos. Após serem ouvidos, o MP decidirá se denuncia ou não os dois
brasileiros.
Um
empresário brasileiro de 45 anos, suspeito de ter fornecido os documentos
irregulares, foi detido. Ele passou a noite na sede de Investigação de Delitos
da Polícia Nacional.
A
Justiça paraguaia também investiga suposta cumplicidade dos agentes migratórios
por permitirem a entrada no país do brasileiro apesar da irregularidade na
documentação.
Não
está claro por que o ex-jogador entrou no Paraguai com passaporte quando, entre
os países do Mercosul, não é obrigatória a sua apresentação. O documento de
identidade interno de cada país é suficiente para que os cidadãos circulem
entre esses países.
Defesa
O
advogado Sérgio Queiroz, que representa o ex-jogador no Brasil, disse ao
GloboEsporte.com que "certamente trata-se de algum equívoco que será
esclarecido".
Ao
G1, ele afirmou que não está claro por que haveria algum problema com os
documentos. “Isso me causa estranheza, porque ele tem documentação, ele tem
passaporte brasileiro.” O atleta aposentado não está preso, salientou Queiroz,
mas, sim, detido para prestar esclarecimentos.
O
atleta teve os passaportes brasileiro e espanhol confiscados, porém os
documentos estão liberados "desde setembro/outubro" do ano passado.
Em
2015, Ronaldinho Gaúcho e seu irmão foram condenados em um processo por dano
ambiental na Justiça do Rio Grande do Sul e estariam proibidos de deixar o país
ou renovar documentos até repararem os danos causados. O caso envolve a
construção ilegal de um trapiche, com plataforma de pesca e atracadouro, na
orla do Guaíba, em Porto Alegre, em uma área de preservação permanente e sem
licenciamento ambiental.
A
apreensão dos passaportes de Ronaldinho e Assis foi determinada em novembro de
2018, como forma de obrigar a família a pagar uma indenização que passava de R$
8,5 milhões. O valor, atualizado no ano passado, estava em R$ 9,5 milhões.
Em
2019, o ex-jogador foi nomeado embaixador do turismo brasileiro pelo governo
federal mesmo tendo os passaportes brasileiro e espanhol retidos pela Justiça e
sendo proibido de renovar os documentos.
Campeão
mundial e melhor do mundo
Ronaldinho
Gaúcho defendeu, entre outros times, Barcelona, Milan, Paris Saint-Germain,
Grêmio, Flamengo e Atlético-MG. Foi campeão mundial pela Seleção Brasileira em
2002 e eleito melhor jogador do mundo duas vezes: 2004 e 2005. (Fonte: G1)
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