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Covid-19: Neta acusa Hospital de Santa Rita de Cássia-BA de ter matado sua avó

Foto reprodução Mural do Oeste
Isis Layanne Rocha dos Reis, neta da senhora que morreu de Covid-19 em Santa Rita, no dia 04 de junho, entrou em contato com o Mural do Oeste e acusou o Hospital de negligência e de ter matado a sua avó. De forma bastante enfática, a neta de uma das vítimas fatais da Covid-19 no Oeste da Bahia, disse que vai entrar na Justiça e que irá até as últimas consequências para punir os responsáveis. Segundo Isis, sua avó testou positivo para a Covid-19 na cidade de Mansidão onde ela residia. Ela conta que Mansidão – apesar de ter recebido recursos para combate a Pandemia – inexplicavelmente não tinha ambulância para transportar sua avó – as duas estavam quebradas – e o município teve que pedir uma ambulância emprestada a Prefeitura de Santa Rita de Cássia para levar a paciente até Barreiras, onde teria uma estrutura melhor de atendimento. Disse que sua vó estava lúcida, falando e com saturação de 96% por estar utilizando o oxigênio. Para sua surpresa, o médico do Samu de Santa Rita considerou o caso dela leve e ao invés de levar direto para Barreiras como, segundo ela, seria o certo, decidiu interna-la no Hospital de Santa Rita de Cássia, tendo para isso alterado o encaminhamento da sua avó. Ela afirma: “Nossa família ficou doida de preocupação, o Hospital de Santa Rita não tem estrutura nenhuma, é a mesma coisa do posto de saúde de Mansidão. Não oferece nenhuma condição. Porque uma idosa de 77 anos, hipertensa, tendo dificuldade para respirar, respirando só com cateter, iria ficar em Santa Rita?” questionou Isis, discordando da decisão do médico.


Ela afirma que, desse momento em diante, começou uma verdadeira peregrinação da família para tentar salvar a avó. “A gente começou a questionar o Hospital de Santa Rita, corremos atrás da transferência dela e, ao contrário do que foi informado, em Barreiras tinha vaga disponível para ela, já estava liberada no Hospítal Eurico Dutra, já que o caso dela era considerado moderado. Eu tenho áudios de conversas minhas com o diretor do Hospital Eurico Dutra e com o pessoal de Salvador, que posso mostrar para comprovar o que estou dizendo”. Ela afirma ainda que, em meio ao desespero, a família permaneceu na luta. “Conversei de novo com o Hospital Eurico Dutra e fui informada que bastava o Hospital de Santa Rita alterar a ficha e assim que o nome da minha avó aparecesse na tela  a transferência seria feita de forma imediata e que era algo simples de se fazer. Só que em Santa Rita eles não tomavam essa atitude sempre sob a alegação  que em Barreiras não tinha vagas. No Eurico Dutra me disseram que essa solicitação de internação da minha avó nunca foi mandada, nunca chegou ao Hospital.


Ainda segundo Isis, de Barreiras ela tentou falar por telefone com o Hospital de Santa Rita e não conseguiu e, então decidiu retornar a cidade para tentar resolver a situação da sua avó. “Quando cheguei no povoado do Entroncamento conseguir falar com o Hospital e me disseram que ela já estava sendo preparada para ser transferida para o Hospital do Oeste e que seria entubada. O Hospital de Santa Rita não oferece as mínimas condições para fazer o entubamento, não tem médicos experientes, não tem equipe qualificada e não tem estrutura nenhuma. Foi quando minha irmã falou com um primo dela que é médico e ele ligou para Santa Rita tentando entender o que estava ocorrendo. Minha avó, nas condições que ela estava, dava para fazer uma viagem só com oxigênio até Barreiras onde teria o atendimento adequado. Eu conversei com o médico de Santa Rita, perguntei se ela seria entubada, ele me respondeu que isso não era com ele e sim com a assistente social. Procurei a assistente social e ela, mexendo no telefone e sem olhar na minha cara disse que minha avó estava sendo preparado para ser entubada e em seguida seria transferida para Barreiras. Fui para próximo da ambulância do Samu para acompanhar a saída da minha avó e foi neste momento que eles ligaram para minha mãe dizendo que minha avó havia falecido durante o procedimento de entubação. Como é que eles fazem uma entubação sem autorização da família? A gente se propôs assinar um documento se responsabilizando pelo transporte da minha avó até Barreiras sem o entubamento pois ela estava lúcida e falando, chegou inclusive a mandar mensagens para a família dizendo que estava tudo bem. Eles mataram minha avó e ainda fugiam da gente com medo de termos a Covid-19. Isso não é papel de quem trabalha em hospital cuidando de doentes. Isso é despreparo para a função. Nossa família vai entrar com um processo judicial e vamos até as últimas consequências para punir os responsáveis. Na nossa opinião o médico do Samu que, ao invés de levá-la direto para Barreiras, levou para Santa Rita,  é o principal responsável pelo que aconteceu.


Vamos a TV Oeste, a TV Bahia e a todos os demais veículos de imprensa denunciar esse absurdo. Eles responderão por ter matado a minha avó”, concluiu Isis sem esconder a indignação.
O Mural deixa o espaço aberto para a secretaria de Saúde de Santa Rita, para o médico do Samu que levou a paciente para o Hospital de Santa Rita e para a assistente social citada. Bem como para a Prefeitura de Mansidão para que possa explicar o motivo pelo qual as ambulâncias do município estavam quebradas o que obrigou a pedir uma ambulância de Santa Rita de Cássia.
Como se vê, o caso é bastante polêmico e existem muitas respostas para serem dadas. A julgar pela determinação da família, o assunto vai parar nas barras do tribunal. (Fonte: Mural do Oeste)


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