Barreiras-BA: Mulheres estupradas pelo tio denunciam criminoso
Somente
depois de mais de uma década dos estupros, na segunda-feira (24) as vítimas
denunciaram o criminoso no complexo policial do bairro Aratu, em Barreiras/BA.
Uma
delas, de 30 anos, informou que no dia 21/08/2020 decidiu revelar para sua irmã
de 34 anos, em seu local de trabalho, que foi violentada sexualmente por seu
tio, M. F. dos S., pela primeira vez, quando tinha nove anos de idade, o qual
tentou fazer sexo anal consigo. Ressalta que, o acusado tentou abusar
sexualmente dela por mais de seis anos e lhe oferecia dinheiro para permanecer
calada.
Observa
que, somente agora teve coragem de revelar tudo aos seus familiares. Por medo,
desde criança mantinha os atos de violência sexual em segredo, mas sofria muito
com o trauma. Ainda afirma ter ficado surpresa ao ouvir de sua irmã, após a
confissão, que também foi molestada sexualmente pelo tio e enfrentava o mesmo
drama, dos traumas causados pelos abusos sexuais. A mais velha afirma que tinha
dez anos quando o tarado esfregou o pênis em seu corpo e ejaculou por duas
vezes em suas partes íntimas, mas não conseguiu consumar a penetração sexual,
pois, na primeira vez, a sogra dele bateu na porta, como se estivesse
desconfiada, informando que queria pegar algo no quarto. Na segunda vez, a
intenção dele foi frustrada porque sua irmã fez barulho em um dos
compartimentos da casa.
Apesar
de o crime ter acontecido há tantos anos, o delegado Marcos Ludovido esclarece
que, existe amparo para punir o criminoso na da Lei 12. 650 do Código Penal
Brasileiro (CPB), a qual em 18/05/2012 estendeu o prazo de prescrição dos
crimes de abuso sexual, praticados contra crianças e adolescentes, o qual só
começa a ser contado a partir da data em que a vítima completa 18 anos, exceto
quando é proposta uma ação penal antes disso, pelo representante legal da
vítima. Antes, a contagem do prazo de prescrição para a abertura de processo
era calculada a partir da data do crime.
“A
Lei 12.650, sancionada pela presidenta Dilma Rousseff e publicada no Diário
Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, foi denominada Lei Joanna Maranhão,
em homenagem à nadadora que denunciou seu treinador por abuso sexual sofrido
quando criança”. (Alô Alô Salomão)
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