Funcionária de hospital de Porto Alegre de 34 anos morre após segunda infecção de Covid-19
Foi
sepultada no Cemitério Municipal de Tramandaí, no início da tarde desta
quinta-feira, Gislaine Pinto Lopes, 34 anos, que faleceu por Covid-19, após uma
segunda infecção. Após passar duas semanas internada na UTI do hospital da
cidade onde morava, a jovem, que trabalhava como funcionária terceirizada do
Hospital Fêmina, em Porto Alegre, não resistiu e morreu durante a madrugada.
Estudante
do curso do técnico em Enfermagem no Grupo Hospitalar Conceição, Gislaine
chegou a contrair a doença no início da pandemia e se curou. Recentemente,
precisou cuidar dos pais, também diagnosticados com o coronavírus. Foi a partir
de novembro que apareceram os sintomas que a levaram para o hospital. A
gerência de Ensino e Pesquisa do GHC divulgou uma nota de pesar. “Jovem, cheia
de luz e muito querida por todos, a Gisa lutou bravamente contra a Covid-19,
mas infelizmente nos deixou na madrugada de hoje. Estamos entristecidos por não
mais compartilhar da sua presença, entretanto muito orgulhosos de sua bravura.
Seu exemplo nos motivará a seguir lutando”, diz trecho.
“Era
uma pessoa muito especial, muito querida por todos”, lamentou a coordenadora do
curso, Dinara Dornfeld. Segundo ela, professores, colegas e funcionários estão
abalados com a partida precoce de Gisa, uma aluna conhecida pela dedicação.
“Não faltava aulas, tinha uma grande expectativa de profissionalização e
melhorar de vida”, lembra Dinara. Gisa trabalhava à noite como recepcionista e
estudava durante o dia, recorda a coordenadora do curso. “Era muito parceira
dos colegas, sempre ajudando a quem precisava. A gente fica muito sentido”.
O
dia de aula nesta quinta-feira, virtual, reuniu as pessoas que conviviam com
Gisa. “Foi um jeito de a gente conversar, se confortar. Lembramos de cenas com
muito carinho e amor. Ela era muito engraçada”, disse Dinara. A coordenadora
alerta para a Covid-19, uma doença da qual ainda se sabe pouco. “A Gisa era uma
pessoa muito consciente e, até por trabalhar na área da Saúde, tomava todos os
cuidados dentro das possibilidades dela. O que temos a fazer é ficarmos atentos
para tentar nos proteger e aos nossos ao máximo”, orientou.
Gisa era casada e deixa três filhos do primeiro casamento. (Fonte: Correio do Povo)
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