Funcionários da Ford na Bahia lamentam fechamento da fábrica: 'É triste'
Trabalhadores
da fábrica da Ford de Camaçari, região metropolitana de Salvador, lamentaram o
encerramento das atividades da montadora no Brasil. Na manhã desta terça-feira
(12), funcionários se reuniram em frente à empresa, para protestar.
“Foi um impacto muito grande. A gente não
esperava. Estávamos de folga ontem... É triste”, disse a metalúrgica Cíntia
Anjos.
Há
uma década trabalhando na empresa, os metalúrgicos Eduardo Ribeiro e Olívia
Damasceno, contam que, além de beneficiar a cidade de Camaçari, a fábrica
também é importante para toda a região metropolitana.
“Não
só de quem trabalha na Ford, mas toda cidade de Camaçari, região metropolitana,
acho que vai ser profundamente impactada, com essa transformação”, afirma
Eduardo.
"Vimos
nascer a Ford aqui em Camaçari. A gente sabe que o comércio de Camaçari deu uma
grande alavancada com a vinda da Ford. A Ford hoje, sair de Camaçari, é um
impacto muito forte pra região”, diz Olívia.
A
produção de carros já foi suspensa. Com o fechamento da fábrica, cerca de 12
mil trabalhadores perderão o emprego, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da
Bahia.
Júlio
Bonfim, presidente da entidade, afirmou que, além dos empregos diretos, outros
postos de trabalho também serão fechados.
“São
12 mil trabalhadores diretos. São oito mil, mais quatro mil trabalhadores de
empresas satélites, que fornecem diretamente para a Ford. Para cada trabalhador
direto demitido, são cinco trabalhadores indiretos. Estou falando em quase 60
mil trabalhadores indiretos que perdem o emprego”, falou.
Para
tentar diminuir os impactos negativos da saída da Ford na Bahia, o governador
Rui Costa, por meio de redes sociais, anunciou que busca soluções para atrair
novos investidores.
“Hoje
mesmo já entrei em contato com a embaixada de outros países para efetivar o convite
para que outros fabricantes, outras empresas, possam visitar o nosso parque
industrial, e que possamos o mais rápido possível, demonstrar e conseguir o
interesse de outros fabricantes, para que tenhamos a retomada o mais rápido
possível da fabricação de carros na Bahia, o que garante a renda e o emprego”.
(Do G1/BA)
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