Oeste da Bahia: Em depoimento, mãe nega aborto criminoso, mas confessa que jogou bebê em terreno baldio
A
mãe do bebê encontrado morto e parcialmente comido por animais na cidade de
Angical se apresentou espontaneamente na delegacia de Barreiras, onde o caso
está sendo apurado pelo delegado José Romero, substituto da delegacia daquele
município.
Durante
depoimento, Juliana revelou que teve aborto natural, no domingo (24), em
seguida arremessou o feto em um terreno baldio, por cima do muro da casa de sua
mãe. O delegado ressalta que a indagou várias vezes sobre o motivo de ter
jogado o recém-nascido naquele local, mas a mesma nada respondeu. “Apenas disse
que ele tinha nascido morto”, completou.
A
denunciada afirma que estava grávida de três meses e não recebia acompanhamento
de pré-natal. No dia do aborto, encontrava-se na residência de sua genitora,
por volta das 16h 00, instante em que sentiu dor de parto e pariu sozinha.
Garante que ainda tentou avisar ao esposo, o qual bebia com amigos em uma casa
vizinha, em frente, mas ele não ouviu seu chamado. “Pelo tamanho do feto, eu
acredito que ela já estava no sexto ou sétimo mês de gestação. A criança é
muito grande para ter apenas três meses como foi relatado em seu depoimento”.
Ela
também diz que passou mal, horas após de dar á luz ao bebê, sofreu hemorragia e
foi levada para o serviço médico da cidade, onde os atendentes desconfiaram que
o sangramento era proveniente de um parto, mas, segundo o delegado, tudo foi
confirmado depois que um primo de Juliana viu um cachorro arrastando o feto,
indo em direção à residência da mãe dela. “Essa história de que ela jogou o
corpo para ser comido pelos cachorros não procede. Foi divulgação equivocada de
alguns blogs”, observou.
O
delegado esclarece que o recém-nascido foi localizado depois de aproximadamente
24 horas, com um dos braços amputado e mutilação do crânio, provavelmente
provocadas por cães, mas observa que o estado do corpo não atrapalha o trabalho
de perícia do Instituto Médico Legal.
Não
há previsão de conclusão do inquérito policial, pois vai depender da data de
encerramento dos trabalhos de investigação e emissão de laudos periciais da
polícia científica. Romero ainda promete ouvir a mãe e o marido de Juliana, que
ainda serão intimados.
Romero
aguarda laudo pericial do Departamento de Polícia Técnica (DPT), que por meio
de exames necroscópicos, poderá identificar se o bebê nasceu morto ou vivo,
porque Juliana revela que estava desacompanhada quando sentiu dor de parto e
deu a luz. “A investigada só será indiciada por infanticídio, caso haja
comprovação de que a criança nasceu com vida”.
Quando
perguntamos sobre a possibilidade de Juliana ter sofrido distúrbio psiquiátrico
do puerpério, o delegado respondeu que ele não teria condição de fazer esse
tipo de análise, mas durante interrogatório, a autora afirmou várias vezes que
agiu sem motivos. “Indaguei se tinha tomado algum abortivo, se foi motivada por
alguém, ou havia brigado com o marido ou algum outro membro da família, e todas
as respostas foi não” (Fonte: Alô Alô Salomão)
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