Bahia: Mais um fenômeno da natureza foi registrado em Santo Estêvão
No
último domingo (18), nuvens Cumulonimbus foram vistas no começo da tarde em
Santo Estêvão, interior da Bahia.
De
início, uma linha de instabilidade se formou bem distante, mas permaneceu quase
estacionada, o que raramente acontece.
Mais
tarde, belas nuvens Cumulonimbus isoladas com pileus se formaram e permaneceram
estacionadas, e em fim se dissiparam.
Um
Cumulonimbus é um tipo de nuvem caracterizada por um grande desenvolvimento
vertical. Tipicamente, surge a partir do desenvolvimento de nuvens Cumulus que,
por ação de ventos convectivos ascendentes, ganham massa e volume e passam a
ser nuvens Cumulus congestus e, no auge de sua evolução, torna-se um
Cumulonimbus, quando atingem mais de quinze quilômetros de altura.
Uma
de suas principais características é o formato de bigorna que forma-se em seu
topo, resultado dos ventos da alta troposfera. Tipicamente produzem muita
chuva, principalmente durante os meses mais quentes do ano. Nuvens isoladas
possuem ciclo de vida médio de uma hora.
Classificam-se
em dois tipos principais, cuja diferença é o seu formato superior, enquanto que
características peculiares ganham denominações especiais.
Este
tipo de nuvem frequentemente associa-se a eventos meteorológicos extremos, como
a ocorrência de muitos raios e chuva volumosa, além de granizo.
O
Cumulonimbus desenvolve-se a partir da nuvem Cumulus congestus, oriundos do
desenvolvimento dos Cumulus que, por sua vez, têm início a partir de ventos
ascendentes ricos em vapor de água. A altitude da base da nuvem está
diretamente relacionada com a quantidade de vapor disponível, sendo que em
regiões tropicais, onde a umidade é tipicamente maior, as nuvens são mais
baixas comparadas com regiões áridas. O desenvolvimento deve-se aos ventos
convectivos que levam umidade para cima, impulsionando seu crescimento vertical
e ganho de volume.
São
necessários cerca de vinte minutos para a maturação de um Cumulus congestus até
o início da formação da estrutura de bigorna. Contudo, assim que ocorre a
transição para Cumulonimbus e inicia-se a precipitação, verifica-se um aumento
na velocidade de expansão da nuvem. Ao atingir a alta atmosfera, ventos
transversais são responsáveis por alongar o topo da nuvem e criam, assim, o
formato de bigorna que pode estender-se por dezenas de quilômetros na direção
do vento predominante. Por vezes porções desta região da nuvem afundam no ar
claro logo abaixo, formando estruturas suaves e arredondadas, as mammatus.
(Reportagem e fotos: Maikon Souza)
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