Bahia: Municípios não têm como bancar a conta do piso salarial da enfermagem, alerta UPB
A
possibilidade de pagamento de um piso salarial nacional para os profissionais
da área da enfermagem pode comprometer ainda mais as finanças dos municípios
baianos. O Projeto de Lei 2.564/2020 já está em tramitação no Senado Federal.
Por causa disso, a União dos Municípios da Bahia (UPB) produziu uma carta
aberta que foi encaminhada aos senadores e deputados federais da Bahia
solicitando o apoio em razão do enorme impacto financeiro para os municípios
brasileiros.
O
presidente da UPB, Zé Cocá, esclarece que os prefeitos e prefeitas não são
contrários à luta e as conquistas dos profissionais de enfermagem. ”Nós
entendemos a necessidade de fazer a remuneração mais justa desses
profissionais, principalmente neste período de pandemia. Porém a fixação do
piso salarial para as categorias geraria um grave problema financeiro para os
municípios, que já não dispõem de receita compatível com as despesas”,
destacou.
Cocá
ressaltou ainda que a UPB se antecipou em mobilizar a bancada federal da Bahia
diante da reação dos prefeitos. ”Nós encaminhamos uma carta para os senadores e
deputados da Bahia solicitando apoio, pois os municípios não tem como arcar com
um piso sem a contrapartida financeira. Agora vamos lutar junto com a CNM e as
associações de todo Brasil”, afirmou.
Em
visita a UPB, o prefeito de Xique-Xique, Reinaldo Braga ressaltou sua
preocupação com o piso salarial da saúde, especificamente da enfermagem. ”Tem
que vir acompanhado de uma contrapartida financeira do Governo Federal. Não
adianta se criar um piso sem a contrapartida financeira. No ponto de vista da
categoria é justo e necessário, os salários estão defasados, mas precisa ter a
compreensão do Governo Federal. De que adianta da obrigação sem da a fonte de
receita”, disse.
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