Barreiras: Assassinato de fazendeiro entra na mira da Operação Faroeste
Um
dia antes de ter sido assassinado a tiros numa rua de Barreiras, na noite da
sexta-feira passada, o fazendeiro Paulo Antônio Ribas Grendene, 62 anos, teria
tido uma de suas propriedades assediadas por um bando armado. O assassinato
pode resultar em novos desdobramentos da Operação Faroeste, uma das mais
importantes investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal já
realizadas no país.
Segundo
fontes que presenciaram os ataques, homens armados também teriam, durante a
semana, entrado em choque com vigilantes de uma das terras de Grendene e seriam
ligados a alvos de uma das denúncias do Ministério Público Federal na Faroeste.
Os ataques aos vigilantes de Grendene ocorreram durante três dias consecutivos,
de quarta a sexta-feira, segundo as mesmas fontes.
Também
em novembro do ano passado, um grupo de homens armados teria tentado expulsar
Grendene de duas outras propriedades em Formosa do Rio Preto. “Vocês vão sair
por bem ou por mal”, teriam dito segundo relato de Grendene à polícia local, no
mesmo dia do incidente. O bando, do qual, segundo relato do fazendeiro à
polícia, fariam parte policiais militares, teriam cercado Grendene e quatro vigilantes.
O
caso chegou a ser levado à Corregedoria da PM, mas até o momento não está claro
se houve ou não investigação sobre as denúncias do fazendeiro. Desde então, a
tensão só aumentou na região. Nos últimos dias, quando Grendene se preparava
para vender parte das terras, o clima piorou.
Na
sexta-feira à noite, menos de 24 horas depois do embate entre os dois grupos,
Grendene foi assassinado quando transitava pela rua João Pereira de Souza, no
Bandeirantes, um dos bairros de Barreiras. Homens armados com pistolas .40 e 9
milímetros dispararam pelo menos 12 tiros contra o carro onde estava o
fazendeiro, que morreu no local. Há relatos de que haveria um grupo de
extermínio atuando na região, que contaria com a participação de policiais.
A
Operação Faroeste, conduzida pela subprocuradora-geral Lindora Araújo,
investiga venda de decisões judiciais e tentativa de grilagem de
aproximadamente 366 mil hectares na região. No centro das investigações estão
sete desembargadores, dois juízes e o suposto cônsul da Guiné Bissau Adailton
Maturino, entre outros advogados e funcionários do Tribunal de Justiça. (Fonte:
Política Livre)
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