Anagé-BA: Três ciganos suspeitos das mortes de PM’s em Vitória da Conquista morreram em confronto com a polícia
Mais
três ciganos morreram em confronto com a Polícia Militar em Anagé, na tarde
desta quarta-feira (28). Os homens eram suspeitos de envolvimento com a morte
dos policiais militares assassinados em José Gonçalves, na zona rural de
Vitória da Conquista, no último dia 13.
A
delegacia de Anagé recebeu a denúncia de que os suspeitos estavam escondidos
próximo ao rio Gavião. Policiais civis e militares foram até o local, onde
ocorreu o tiroteio que acabou com três mortos. Eles fazem parte da lista de dez
suspeitos de envolvimento com o crime.
Os
homens foram identificados pelos prenomes de Bruno da Silva Matos, Diogo da
Silva Matos e Solon da Silva Matos. Um quarto suspeito de 32 anos conseguiu
fugir. A Polícia informou que socorreu os três ao hospital, no entanto, eles
não resistiram. Todos possuíam mandado de prisão em aberto.
No
local do confronto os policiais conseguiram recuperar a pistola .40 pertencente
ao Ten. Neves, um dos policiais assassinados em José Gonçalves.
Com
as três mortes desta quarta-feira, nos últimos 15 dias, ao menos seis ciganos
suspeitos de envolvimento no crime morreram em confronto com a Polícia. Segundo
a polícia, o soldado Robson Brito de Matos, 30 anos, e o tenente Luciano
Libarino Neves, 34 anos estavam à paisana, realizando um trabalho de
inteligência na localidade, quando foram surpreendidos por homens armados e
mortos a tiros.
As
forças policiais do Estado iniciaram imediatamente a perseguição aos supostos
autores, conforme relatos que chegaram à Defensoria Pública do Estado da Bahia.
Ao todo, dez homens foram acusados de envolvimento: um pai – que deu entrada em
hospital com ferimentos à bala e já teve a prisão preventiva decretada – e nove
filhos. Três deles morreram em confrontos com policiais, em Vitória da
Conquista e também em Itiruçu.
Na
última segunda-feira (26), cinco mulheres e sete crianças de uma família de
ciganos de Vitória da Conquista estão sendo acompanhadas pela Defensoria
Pública do Estado da Bahia (DPE/BA) e a instituição busca a inserção delas em
um programa de proteção a testemunhas.
O
motivo são as denúncias de perseguição após o duplo homicídio que vitimou dois
policiais. A DPE/BA afirma que a recebeu informações que relataram perseguição
por parte de policias militares à comunidade, onde vivem outras famílias de
etnia cigana. A demanda foi notificada à Defensoria por meio da Ouvidoria
Cidadã.
Institutos
e associações de defesa de etnias ciganas emitiram notas manifestando temor
pela perseguição de ciganos inocentes. O assunto também repercutiu nas
comunidades de ciganos em outros países da América Latina.
Na
semana passada, o secretário nacional de Políticas de Promoção da Igualdade
Racial, Paulo Roberto, esteve em Vitória da Conquista se reunindo diretamente
com os defensores públicos estaduais José Raimundo e Yana de Araújo, além dos
coordenadores do Núcleo de Integração da DPE/BA, Cristina Ulm e Maurício
Saporito. (Fonte: Agência Sertão)
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