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Barra-BA: Morte de médico baleado em clínica completa 10 dias; 'lacuna insuperável'

 

A morte do pediatra Júlio Cesar de Queiroz Teixeira, de 44 anos, completa neste sábado (2) dez dias. Em entrevista à TV Oeste, afiliada da TV Bahia na região onde ocorreu o crime, um dos irmãos do médico relembrou a perda e destacou que rejeita a versão policial para motivação do crime.

Júlio foi morto dentro da clínica onde trabalhava, na cidade de Barra, no oeste do estado, quando estava em atendimento. Ele foi baleado na frente de pacientes e da esposa, que é enfermeira e trabalhava com ele no local.

"Para a família é uma lacuna insuperável, momento difícil que a gente vai atravessar por muito tempo. A gente está procurando um novo jeito de ser feliz. Como o ser humano pode ser tão miserável, tão mau, tão covarde?", argumentou Geraldino Gustavo, irmão de Júlio César.

O caso é complexo e várias versões da motivação foram apresentadas. A divulgada oficialmente pela Polícia Civil é de que o médico teria assediado uma mulher. Essa motivação foi totalmente rejeitada pela família. Para os irmãos, o médico pode ter sido morto por uma disputa de espaço de trabalho.

"Você começa a juntar as peças. Júlio César não tinha inimigos, tinha uma vida correta. A única coisa que sobra é a questão profissional. A gente desconfia de algo ligado à disputa de espaço médico, mas a gente não sabe quem, nem o porquê. A gente espera que a polícia nos conclua o que foi que houve com Júlio Cesar", diz Geraldino.

A Polícia Civil informou que só vai falar sobre o caso depois de concluir o inquérito.

Quatro suspeitos do crime já foram presos: os executores do crime e um casal, conforme as investigações, atuou como olheiro. Três homens foram encaminhados para a penitenciária de Barreiras mulher na delegacia de Barra. A polícia segue em busca do mandante do crime.

Na clínica, que segue fechada desde o dia do crime, uma faixa de luto foi instalada na fachada.

Denúncias sobre abuso sexual

Até a manhã do dia 28 d setembro, a polícia afirmava que apurava se o pediatra foi assassinado após alertar uma família sobre uma criança atendida por ele, que apresentou sinais de abuso sexual.

O caso teria ocorrido no ano de 2016, em Buritirama, cidade que fica na mesma região. O delegado disse que foi informado sobre a situação pela família do pediatra.

O irmão dele, Lula Teixeira, também falou sobe o caso com o g1, na sexta-feira (24). A polícia vai investigar se a morte foi causada por vingança.

Como foi o crime

O médico pediatra foi morto dentro do consultório que ele prestava atendimento, em uma clínica particular de Barra. O crime aconteceu na manhã do dia 23 de setembro.

Segundo a polícia, o pediatra foi atingido por quatro tiros, um deles na cabeça. Ele chegou a ser socorrido por outros funcionários da clínica e foi levado para um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos.

Quem era a vítima

Apesar da suspeita de que o crime tenha sido cometido por vingança, o irmão do médico contou ao g1 que não entende o motivo, já que ele era conhecido pela boa relação com todos.

"Os colegas estão todos sem acreditar. Era um cara que vivia para trabalhar, muito correto, direito. Não se envolvia com malandragens, não era um homem de exageros. Um cara sempre responsável", afirmou Lula Teixeira.

O pediatra atendia em pelo menos cinco cidades da região, além do Hospital Roberto Santos, na capital baiana.

"Ele sempre foi um cara longe de desavenças, de confusões, sempre foi unanimidade na cidade, sempre foi um cara solícito, profissional, um cidadão que sempre se deu bem com todos", disse o irmão da vítima.

Júlio César tinha dois filhos, de 5 e 8 anos de idade. Ele era o mais novo de três irmãos. Nasceu em Xique-Xique, no norte da Bahia, estudou em Salvador e se formou em medicina na cidade de Maceió, em Alagoas. (g1 Bahia)


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