Homem suspeito de mandar matar pediatra dentro de clínica em Barra é preso em Barreiras
O
homem suspeito de mandar matar o pediatra Júlio César de Queiroz Teixeira,
dentro da clínica onde a vítima trabalhava, foi preso na tarde desta
sexta-feira (22), após se apresentar à polícia na cidade de Barreiras, oeste da
Bahia. A informação foi confirmada pelo coordenador da 11ª Coorpin, delegado
Rivaldo Almeida Luz.
Júlio
César, de 44 anos, foi morto em 23 de setembro, quando estava em atendimento.
Ele foi baleado na frente de pacientes e da esposa, que é enfermeira e
trabalhava com ele no local.
De
acordo com o delegado Rivaldo Luz, Diego Santos Silva, de 31 anos, é apontado
como o mandante do crime. Ele teve a prisão decretada no início de outubro e
era considerado foragido.
O
delegado informou que Diego Silva será ouvido na tarde desta sexta.
Apesar
de ser apontado como mandante do crime, a família de Júlio César acredita que
Diego Silva tenha sido um intermediário entre a pessoa que encomendou o
assassinato e os executores.
Diversas
versões da motivação do crime já foram apresentadas à polícia, mas oficialmente
a hipótese trabalhada é de que o médico teria assediado uma mulher. Essa
motivação foi totalmente rejeitada pela família. Para os irmãos, o médico pode
ter sido morto por uma disputa de espaço de trabalho.
A
Polícia Civil informou que só vai dar detalhes do caso depois de concluir o
inquérito.
Quatro
suspeitos já foram presos: os executores do crime e um casal, que conforme as investigações,
atuou como olheiro. Os três homens foram encaminhados para a penitenciária de
Barreiras e a mulher está presa na delegacia de Barra.
Denúncia sobre abuso sexual
Até
a manhã do dia 28 de setembro, a polícia afirmava que apurava se o pediatra foi
assassinado após alertar uma família sobre uma criança atendida por ele, que
apresentou sinais de abuso sexual.
O
caso teria ocorrido no ano de 2016, em Buritirama, cidade que fica na mesma
região. O delegado disse que foi informado sobre a situação pela família do
pediatra.
O
irmão dele, Lula Teixeira, também falou sobe o caso com o g1, na sexta-feira
(24). A polícia vai investigar se a morte foi causada por vingança.
Como foi o crime
O
médico pediatra foi morto dentro do consultório que ele prestava atendimento,
em uma clínica particular de Barra. O crime aconteceu na manhã do dia 23 de
setembro.
Segundo
a polícia, o pediatra foi atingido por quatro tiros, um deles na cabeça. Ele
chegou a ser socorrido por outros funcionários da clínica e foi levado para um
hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos.
Quem era a vítima
Apesar
da suspeita de que o crime tenha sido cometido por vingança, o irmão do médico
contou ao g1 que não entende o motivo, já que ele era conhecido pela boa
relação com todos.
"Os
colegas estão todos sem acreditar. Era um cara que vivia para trabalhar, muito
correto, direito. Não se envolvia com malandragens, não era um homem de
exageros. Um cara sempre responsável", afirmou Lula Teixeira.
O
pediatra atendia em pelo menos cinco cidades da região, além do Hospital Roberto
Santos, na capital baiana.
"Ele
sempre foi um cara longe de desavenças, de confusões, sempre foi unanimidade na
cidade, sempre foi um cara solícito, profissional, um cidadão que sempre se deu
bem com todos", disse o irmão da vítima.
Júlio
César tinha dois filhos, de 5 e 8 anos de idade. Ele era o mais novo de três
irmãos. Nasceu em Xique-Xique, no norte da Bahia, estudou em Salvador e se
formou em medicina na cidade de Maceió, em Alagoas. (g1 Bahia)
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