Vídeo: Bombeiros confirmam 5 mortos e buscam 20 desaparecidos em Capitólio
Um
deslizamento de pedras no Lago de Furnas, em Capitólio (MG), a cerca de 300 km
de Belo Horizonte, atingiu três embarcações, com pelo menos 34 pessoas, neste
sábado (8) e causou cinco mortes. A estimativa dos bombeiros é que cerca de 20
pessoas estejam desaparecidas.
Veja
o que se sabe até agora:
O
deslizamento ocorreu por volta de 12h30. Ainda não se sabe o que causou o
acidente
Cinco
pessoas morreram, todas encontradas no local do acidente. Ninguém foi
identificado até agora
Bombeiros
estimam que 20 pessoas estejam desaparecidas
23
pessoas foram atendidas e liberadas; 9 ainda estão internadas
Bombeiros
e Polícia Civil estão no local; a Marinha foi acionada e vai investigar a causa
Mortes
O
Corpo de Bombeiros de Minas Gerais confirmou cinco mortes pelo deslizamento.
Todas as vítimas fatais foram encontradas no local do acidente. Ninguém foi
identificado até agora.
Desaparecidos
Segundo
o coronel dos bombeiros Edgard Estevo, a estimativa é de que 20 pessoas estejam
desaparecidas. Ele reforçou que as informações são preliminares, as buscas
estão acontecendo e devem continuar à noite.
De
acordo com o coronel, 40 bombeiros e mergulhadores estão no local do acidente.
Feridos
Segundo
o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, 32 pessoas foram atendidas por causa do
acidente, a maioria com ferimentos leves. Dessas, 23 foram atendidas e liberadas
da Santa Casa de Capitólio.
Outras
9 seguem internadas:
2
pessoas com fraturas expostas foram para a Santa Casa de Piumhi, a cerca de 23
km de Capitólio;
3
pessoas ainda não têm estado de saúde confirmado e estão sendo atendidas na
Santa Casa de Passos, a 74 km de Capitólio;
mais
4 pessoas com ferimentos leves estão na Santa Casa de São José da Barra, a 46
km de Capitólio, com ferimentos leves.
Ninguém
foi identificado até agora. Guarnições de Passos e Piumhi foram deslocadas para
a região para prestar atendimento às vítimas.
Lugar
turístico
A
região de Capitólio e outras cidades banhadas pelo Lago de Furnas, no
Centro-Oeste de Minas, é bastante procurada por turistas por sua beleza
natural.
Assim
como outras partes do estado, a região tem sido atingida pelas chuvas recentes:
na sexta-feira (7), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) havia emitido
um alerta de chuvas intensas, que durariam até a manhã deste sábado.
O
porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas, Pedro Aihara, explicou que a formação
rochosa do local e as chuvas na região facilitaram para que o deslizamento
ocorresse – e que a forma como a rocha caiu agravou a situação (veja o vídeo
abaixo e continue lendo para os principais trechos):
"A
gente tem uma formação rochosa que é basicamente composta por rochas
sedimentares, então são rochas que naturalmente têm uma resistência muito menor
à atuação dos ventos, da água, dos elementos naturais que atuam sobre a
região", explicou Aihara.
"Uma
outra situação que acabou infelizmente agravando foi porque a rocha cai numa
trajetória perpendicular. Geralmente, quando a gente tem ruptura por
tombamento, a rocha sai de uma forma mais fatiada, ela escorre por aquela
estrutura e cai de uma forma ou diagonal ou então mesmo em pé. Nesse caso, como
a gente teve esse tombamento perpendicular, e pelo tamanho da rocha, a gente
acabou tendo essas pessoas diretamente afetadas", explicou o bombeiro.
Para
o especialista em gerenciamento de risco, Gustavo Cunha Melo, uma tromba d'água
– inicialmente citada pelos bombeiros como motivo do deslizamento – pode ter
agido como um gatilho para o deslizamento, mas não foi necessariamente a causa
do problema.
Para
Melo, a rocha se desprenderia de qualquer jeito, por causa da erosão:
"Essa
rocha já estava com muita erosão, totalmente fragmentada, ela iria desabar em
algum momento. A tromba d’água pode explicar o desabamento neste momento? Pode,
assim como também não precisava nada – ela ia desabar em algum momento por
erosão, por um processo natural", afirmou.
Nesses
casos, segundo o especialista, o gerenciamento de risco consiste em isolar o
local.
"Não
tem muito o que fazer nessas situações. O gerenciamento de risco é: manter
distância.Você tem que isolar a área. A única gestão de risco que é feita é
isolar a área. Infelizmente ali as embarcações estavam muito.
Passageiros tentaram avisar
Um
segundo vídeo mostra passageiros de uma das lanchas tentando avisar sobre o
deslizamento da pedra segundos antes de ela cair:
Governador lamenta acidente
O
governador de Minas, Romeu Zema (Novo), lamentou o acidente na rede social
Twitter:
"Sofremos
hoje a dor de uma tragédia em nosso Estado, devido às fortes chuvas, que
provocaram o desprendimento de um paredão de pedras no lago de Furnas, em
Capitólio. O Governo de Minas está presente desde os primeiros momentos através
da Defesa Civil e Corpo de Bombeiros", escreveu Zema.
"Os
trabalhos de resgate ainda estão em andamento. Solidarizo com as famílias neste
difícil momento. Seguiremos atuando para fornecer o apoio e amparo
necessários", completou.
Marinha vai apurar causas
Por
meio de nota, a Marinha do Brasil informou que um inquérito será instaurado
para apurar causas, circunstâncias do acidente (Veja nota completa mais
abaixo).
A
Polícia Civil de Minas informou que está no local para identificar os danos e
as causas do acidente.
Confira a íntegra da nota da Marinha
A Marinha do Brasil informa que tomou
conhecimento de um acidente, no fim da manhã de hoje, após deslizamento de
rochedo atingir embarcações que navegavam a região dos cânions, em
Capitólio-MG.
A DelFurnas deslocou, imediatamente,
equipes de Busca e Salvamento (SAR) para o local, integrantes da Operação Verão
ora em andamento, a fim de prestar o apoio necessário às tripulações envolvidas
no acidente, no transporte de feridos para a Santa Casa de Capitólio, e no
auxílio aos outros órgãos atuando no local.
Um inquérito será instaurado para
apurar causas, circunstâncias do acidente/fato ocorrido. (g1)
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