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Bahia: Jovem indígena é morto após reclamar de som alto. Local do crime foi incendiado

 

Um indígena da etnia pataxó foi morto com dois tiros nas costas, no fim da noite de domingo (13), na Orla Norte de Porto Seguro, após reclamar do som alto em uma casa onde era realizada uma festa. Vítor Brás Souza, 21 anos, que era liderança dos jovens estudantis da aldeia Novos Guerreiros, chegou a ser encaminhado ao Hospital Luís Eduardo Magalhães, mas não resistiu.

A redação do Radar 64 apurou que Vítor e outras lideranças indígenas, dentre elas o cacique, foram até a residência, na região da Ponta Grande, reclamar do barulho, “que estava tirando a paz e a tranquilidade de toda a aldeia”, que fica a 500 metros do local do evento. De acordo com testemunhas, um dos homens que frequentava a festa ficou irritado com as reclamações e, após uma discussão, sacou uma arma e atirou no índio. O criminoso fugiu logo em seguida e ainda não foi identificado.

Os indígenas reclamam da violência e da poluição sonora naquela região. “Antes dessa tragédia, a gente ligou para a Polícia Militar, que ignorou nosso pedido, não enviando nenhuma equipe ao local”, disse outro índio. Segundo a comunidade indígena, mais cedo o homem que alugou a casa para realizar a festa já havia se comprometido com o cacique a não continuar com som alto além das 23h. Como o horário estabelecido foi ignorado, uma comissão de indígenas foi até o local cobrar o cumprimento do acordo. “Houve uma discussão. Alguém deu um tapa no rosto do Vítor, que revidou. Ao se virar de costas, ele levou dois tiros”, disse um índio que presenciou o crime.

Casa incendiada e rodovia bloqueada

Um grupo de indígenas interditou, no fim da manhã desta segunda-feira (14), um trecho da BR-367, na orla Norte da cidade de Porto Seguro. No protesto, que durou quase duas horas, os índios cobraram da polícia o esclarecimento do assassinato do índio pataxó Vítor Brás Souza, 21 anos, ocorrido noite de domingo (14). No protesto, que também teve a participação de não indígenas, a casa onde ocorreu o crime foi parcialmente destruída. O imóvel, localizado às margens da rodovia, tinha sido alugado pelo organizador do evento. A Polícia Civil informou que já instaurou um inquérito para apurar o homicídio. Testemunhas já estão sendo ouvidas.

Vítor Brás era uma liderança indígena muito ativa, engajado nos ensejos do povo pataxó. Ele participava de eventos em Brasília, reivindicando direitos dos indígenas, como saúde, educação, cultura, demarcação de terras e saneamento básico”, disse uma liderança da aldeia ao Radar 64. O corpo do indígena deve ser liberado do Instituto Médico Legal, em Eunápolis, ainda na manhã desta segunda-feira (14). O velório está previsto para começar ao meio-dia, na aldeia Novos Guerreiros, no Território da Ponta Grande. O enterro será no cemitério indígena de Coroa Vermelha, em Santa Cruz Cabrália. O jovem indígena era casado e deixa dois filhos, um de cinco anos e outro de dois meses.

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