Presa após tiroteio em pousada de luxo na Bahia, influenciadora diz que namorado morto em ação 'saiu do crime' em 2020
A
influenciadora Laylla Cedraz, presa na Bahia após tiroteio em uma pousada de
luxo em Jaguaripe, no baixo sul baiano, falou nesta quinta-feira (14) que o
namorado dela, Felipe Augusto Machado, morto durante a ação, "saiu"
do crime em 2020.
Nas
publicações feitas nos stories, Laylla conta que namorava com Felipe Augusto
desde 2020, e que neste período, o casal terminou e voltou com o relacionamento
algumas vezes.
A
informação da saída de Felipe Augusto do crime é contrária a do tenente-coronel
da Polícia Militar, Edmundo Assemany, que apontou o suspeito como um dos chefes
do tráfico de drogas na região de Feira de Santana.
"Desde
o dia 5 de dezembro que Felipe largou tudo para estar comigo na nossa loja,
passamos por muitas dificuldades, mas ninguém viu", disse a
influenciadora.
"Independentemente
do passado dele, ele mudou e quem estava ao redor dele sabia. Ele amava
trabalhar, estava feliz demais. Te levaram de mim, mas tu vai tá sempre
comigo", se despediu.
Sites
locais afirmam que a baiana tinha 27,9 mil seguidores no início da tarde de
terça-feira (12) e na noite desta quarta (13), o perfil registra 54,4 mil seguidores.
No
final da tarde de terça, o g1 acessou as redes sociais de Laylla e viu que o
perfil tinha 40 mil seguidores. A outra influenciadora, que foi presa junto com
ela, Adrian Grace, segue com os 56,3 mil seguidores. Essa optou por fechar o
perfil para visualizações.
O
caso aconteceu na segunda-feira (11) e as duas influenciadoras foram liberadas
na tarde de terça após audiência de custódia. Tanto Laylla como Adrian não têm
antecedentes criminais e vão aguardar o andamento das investigações em liberdade.
De
acordo com o delegado, não há provas de que a cocaína encontrada na caminhonete
em que elas estavam era delas e nem que as duas tem qualquer envolvimento com
os crimes dos homens que as acompanhavam, e que acabaram mortos no confronto
com a polícia.
O
g1 não conseguiu contato com a defesa das duas até a última atualização desta
reportagem.
Denúncia
de homens armados
Na
tarde de segunda, moradores da região de Jaguaripe chamaram a PM pelo 190 e
informaram que havia homens armados na Pousada Paraíso Perdido. Quando a
polícia chegou ao local, foi recebida a tiros e revidou.
No
confronto morreram o namorado de Laylla, Felipe Augusto Machado, 28 anos,
conhecido como Batoré, e Agnaldo Leite da Silva Neto, 29 anos, conhecido como
Neto Talisca.
Agnaldo
era fugitivo e tinha sido preso acusado de tráfico de drogas, segundo a
polícia. Os dois chegaram a ser socorridos e levados ao Hospital Gonçalves
Martins, em Nazaré, mas não resistiram aos ferimentos.
Pousada
Paraíso Perdido
Além
de ser point dos famosos no baixo-sul da Bahia, a pousada Paraíso Perdido ficou
em evidência recentemente depois que o dono do estabelecimento, Leandro
Troesch, foi encontrado morto em um dos quartos, em 5 de fevereiro.
Um
funcionário de Leandro, o Marcel Vieira, foi morto dias depois em Camassandi,
distrito de Jaguaripe. Conhecido como Billy, ele era considerado pela polícia a
testemunha chave para entender a morte do patrão.
As
principais suspeitas de envolvimento no crime são a esposa de Leandro, Shirley
Figueredo, e Maqueila Bastos, amiga de Shirley, que tiveram prisões decretadas.
Maqueila
foi detida em Sergipe, em 24 de março, por ordem judicial, e transferida para
Salvador na semana passada. (g1 Bahia)
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