Bom Jesus da Lapa: Idosa de 121 anos, “descoberta” pelo SAMU, pode ser a mulher mais velha do mundo
A
idosa Maria Gomes dos Reis, de 121 anos, foi “descoberta” pela Prefeitura de
Bom Jesus da Lapa, no oeste da Bahia, após passar mal e precisar de um
atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A baiana pode
ser a pessoa mais velha do mundo. Segundo consta em sua Certidão de Nascimento,
Maria Gomes dos Reis nasceu em 16 de junho de 1900, no povoado Bela Vista, em
Bom Jesus da Lapa, onde mora até hoje.
Acamada,
a aposentada mora com a neta Célia Cristina, já que todos os filhos já
morreram. “Dou comidinha na boca, nós temos que fazer tudo, trocar faldas. A
minha vida agora está resumida em cuidar dela”, contou a neta de Maria Gomes.
“Ela criou os netos, bisnetos, ela que cuidava de tudo. Era bem ativa até pouco
tempo, cozinhava, lavava roupas”, afirmou.
Francesa é a mais velha, diz Guinness
A
pessoa mais velha do mundo, reconhecida pelo “Guinness Book”, o chamado “Livro
dos Recordes”, era a japonesa Kane Tanaka, de 119 anos, que morreu no dia 19 de
abril deste ano. Agora, o título passou a ser da freira francesa Lucile Randon,
de 118 anos, nascida em 11 de fevereiro de 1904. Embora nenhum órgão oficial
atribua o título, a irmã Andrés se tornou a pessoa mais velha e “de longe”, já
que é seguida por uma polonesa de 115 anos, disse Laurent Toussaint. “A idade
avançada a gente sabe que ela tem, mas saber que ela é a mais velha do mundo? A
gente fica até abismada”, brincou a neta de Maria Gomes.
Família na quinta geração
Apesar
das delicadezas e dos cuidados, a idosa está acamada a pouco mais de oito anos.
Antes disso não faltava uma missa. São 13 bisnetos, seis tataranetos e a
família tem a expectativa de que Maria Gomes veja a 5ª geração nascer. Além da
neta Célia Gomes, as bisnetas Vitória Stefani e Ivanilde Gomes cuidam de todas
as burocracias que a aposentada precise. “Sou responsável por ela, porque ela
não tem condições de se locomover para fazer prova de vida. Eu que resolvo
algumas coisas por ela”, contou Vitória Stefani.
A
jovem afirma que a bisavó ainda conversa com as pessoas, apesar das
dificuldades e do esquecimento. “Ela ainda tem noção de muita coisa, conversa
com a gente, as vezes ela esquece quem é, agora que com mais frequência ela não
está lembrando”, contou Vitória. Ivanilde foi morar com Maria quando tinha 6
anos e é muito grata pela educação e apoio oferecidos pela idosa. “Nunca me
faltou nada, e ela sempre falava a seguinte frase, que eu levo para a minha
vida: ‘Vai estudar, menina’. Se hoje eu consegui fazer uma graduação foi graças
ao incentivo que eu tive da minha bisavó”, disse. (g1 Bahia)
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