Bahia: Cratera gigante misteriosa com quase 50 metros de profundidade surge perto de vila e preocupa moradores: 'Medo'
Uma
cratera gigante, com 46 metros de profundidade, 69 metros de comprimento e 29
metros de largura, se abriu misteriosamente perto de uma vila de Vera Cruz, na
Ilha de Itaparica, na Bahia. Além de chamar a atenção pelo tamanho, o buraco
tem preocupado os moradores, que ainda não sabem como ele se formou. Uma
empresa multinacional que atua na região está investigando se a erosão tem
relação com o trabalho que desenvolve no local.
A
cratera fica no meio de uma mata nativa na Ilha de Matarandiba e está a cerca
de 1 km do local onde vivem os moradores. O buraco se abriu na propriedade de
uma multinacional americana, que utiliza a área para extração de salmora, uma
mistura de água e sal usada na fabricação de produtos químicos. A salmora é
retirada em seis poços a uma profundidade de 1,2 mil metros.
A
erosão foi descoberta pela própria empresa há 15 dias, durante um trabalho de
rotina. O acesso à area onde o buraco se formou é difícil por causa da mata
fechada, mas ainda assim toda a área foi isolada e passou a ser vigiada para
evitar a presença de curiosos. Como especialistas ainda não avaliaram as
condições do solo em torno da cratera, a circulação de pessoas pode ser
perigosa.
A
empresa multinacional diz que já iniciou uma série de estudos para descobrir o
que provocou o surgimento do buraco. Ainda não é possível afirmar se há alguma
relação com o trabalho da empresa na região.
"Não
sabemos o que está acontecendo. Eles dizem que é um fenômeno e não sabemos se é
isso mesmo ou se foi por causa da perfuração deles. Então, a população toda
está com medo", disse um morador.
Os
resultados dos estudos para descobrir as causas da erosão devem sair em até
quatro meses. Até lá, a empresa quer tranquilizar os moradores. "Já
tivemos reuniões frequentes com a comunidade e criamos um meio de comunicação
exclusivo com eles, através de WhatsApp, que foi a escolha deles. Qualquer
esclarecimento necessário queremos que seja feito à comunidade, de forma que
ele fique mais tranquila possível", disse um representante da multinacional.
Técnicos
de órgãos federais, como a Agência Nacional de Mineração, já estão na vila
conversando com os moradores. Eles vão notificar a empresa para que ela faça
estudos nas proximidades da vila, para verificar se o povoado corre algum
risco. (G1/BA)
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