Pai que matou filho e jogou o corpo na região da Chapada Diamantina se mata enforcado na Papuda
Acusado
de assassinar o próprio filho, o ex-servidor público Paulo Roberto de Caldas
Osório, 45 anos, se matou enforcado, neste sábado (11), em uma cela do Complexo
Penitenciário da Papuda. O crime chocou Brasília após o pai confessar ter
tirado a vida do pequeno Bernardo, de apenas 1 ano e 11 meses. O crime ocorreu
no mês de novembro do ano passado. O corpo da criança foi encontrado na
comunidade de Campos de São João, município de Palmeiras, na Chapada
Diamantina, mais de mil quilômetros da capital federal.
De
acordo com informações da Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe),
Paulo Roberto estava detido em uma cela do Presídio do DF I (PDFI) e aproveitou
uma troca de turnos entre policiais penais para tirar as calças, fazer um nó e
se enforcar amarrando a vestimenta em uma barra no teto da unidade prisional.
Relato publicado pelo site Metrópole, aponta que socorristas do Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegaram a tentar reanimá-lo, mas ele não
resistiu e morreu no local.
Paulo
ficava em uma cela individual, na mesma ala onde estão os hackers detidos na
Operação Spoofing. A condição de ser colocado em isolamento era uma medida para
evitar que ele fosse alvo da massa carcerária, em função da gravidade do crime
cometido. No dia do crime, Paulo pegou o filho na creche, na Asa Sul, em
Brasília, e ofereceu um suco ao menino com remédios controlados. Provas
colhidas ao longo da investigação indicam, conforme a Polícia Civil, que o pai
matou o garoto antes de pegar na BR-020 em direção ao estado da Bahia.
|
O
metroviário confessou que deu uma superdosagem de medicamento controlado para o
menino, que começou a passar mal ainda na casa do pai, na 712 Sul. O assassino
confesso percorreu 1.035 quilômetros com o corpo até o povoado de Campos de São
João, zona rural do município chapadeiro de Palmeiras, onde o jogou às margens
da BR-242, com a cadeirinha infantil.
Ele
saiu de casa, na Asa Sul, às 20h52 do dia 29 de novembro, e deixou a televisão
ligada. Não levou mantimentos, mala e um tablet que, de acordo com a mãe, era
objeto inseparável do filho. As diligências apontam que, às 21h20 de 29 de
novembro de 2019, Paulo passou em um radar na Ponte do Bragueto, na Asa Norte.
Ele dirigiu pela BR-020 até Luís Eduardo Magalhães, na Bahia. O corpo foi
desovado na região de Palmeiras. No dia 30 de novembro, o homem foi até
Salvador. Depois, acabou preso em Alagoinhas, no semiárido baiano.
Após
sete dias da localização do corpo do menino, a Divisão de Repressão a Sequestro
(DRS) concluiu a investigação sobre o caso. O relatório policial foi finalizado
e enviado à Justiça. Posteriormente, o Ministério Público do DF e Territórios
(MPDFT) ofereceu denúncia contra o pai da criança. O homem foi indiciado por
homicídio triplamente qualificado (praticado contra criança, motivo torpe e
meio insidioso) e ocultação de cadáver.
Assassinato
da própria mãe
Para
quem não sabe, em 1992, Paulo Roberto também tirou a vida da própria mãe. Pelo
assassinato, Osório cumpriu pena de 10 anos na ala psiquiátrica da Papuda. Na
ocasião, ele tinha apenas 18 anos. Segundo a polícia, a vítima foi surpreendida
por ‘Paulinho’, como era chamado à época, assim que chegou em casa: o então
jovem esfaqueou e enforcou a própria mãe. Em seguida, ele ateou fogo e queimou
o corpo dela. Jornal da Chapada com texto base do site Metrópole.
Confira o vídeo em que Paulo fala sobre o crime
Confira o vídeo em que Paulo fala sobre o crime
Postar Comentário