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Oeste da Bahia: Wanderley é a terceira cidade do Brasil que mais desmatou em 2020, aponta levantamento

 

A cidade de Wanderley, no oeste da Bahia, é a terceira do Brasil que mais desmatou em 2020, com 350 hectares, segundo dados da ONG SOS Mata Atlântico.

A Mata Atlântica está em quase um terço do território baiano. A Bahia é um dos 17 estados que têm o bioma mais ameaçado do país.

Apenas 12,5% da floresta original que existia no Brasil está viva e essa área continua diminuindo. Em 2020, 13.053 hectares da Mata Atlântica foi destruída no país, sendo 25% na Bahia (3.203 hectares).

A área desmatada na Bahia corresponde a quatro cidades do tamanho de Salvador. De acordo com o diretor de conhecimento da SOS Mata Atlântica, Luís Fernando Guedes Pinto, a principal causa do desmatamento é a expansão agrícola de forma clandestina.

"O curto prazo, isso interfere no clima da região, que fica mais quente, mais seco", disse Luís Fernando.

"Tem uma menor produção de água, porque as nascentes dos entornos dos rios, perdem a florestas que protegem a água e isso gera uma consequência para o abastecimento de água na cidade e a irrigação nessa região também é importante e isso também tem problema para a mudança climática", explicou.

De acordo com o estudo, a Bahia é o segundo estado que mais destruiu a Mata Atlântica em 2020, atrás apenas de Minas Gerais. O estado também ocupou a mesma posição em 2015 e 2019. Em 2016 e 2017 chegou a ser o primeiro.

Em 2016, a pesquisa da SOS Mata Atlântica apontou que a área desmatada na Bahia foi quatro vezes maior do que a do ano passado: 12.288 hectares.

Entre as 10 cidades que mais desmataram na Bahia, cinco estão na região oeste do estado (Wanderley, Cotegipe, Muquém do São Francisco, São Félix do Coribe e Coribe) e três no sudoeste (Vitória da Conquista, Cândido Sales e Encruzilhada). As outras ficam no sul (Canvieiras) e no centro-oeste (Mundo Novo).

Wanderely, a líder em desmatamento no estado (350 hectares), tem 12 mil habitantes e agropecuária como base da economia.

"O município é uma cidade do agronegócio e onde há agronegócio, com certeza há expansão do campo tanto para o gado como para a lavoura. O município, quando se fala em Mata Atlântica, não tem competência para atuar em cima dos desmatamentos, porque a esfera é federal", disse a prefeita Fernanda Sá Teles.

Em nota, o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) afirma que o foco do órgão é de combater o desmatamento ilegal, ampliando estratégias tecnológicas para monitorar as áreas com ocorrência do bioma e subsidiar as atuações e a exigência para recuperação das regiões afetadas.

Para a SOS Mata Atlântica, falta fiscalização e punições para os responsáveis.

"O que a gente precisa é da aplicação rigorosa da Lei da Mata Atlântica, processos de licenciamento bastante rigorosos e quando forem encontrados desmatamentos ilegais, que infelizmente são a maioria, eles precisam ser punidos com multas e outras consequências legais", afirmou Luís Fernando Guedes Pinto.

Vitória da Conquista, que aparece na 8ª posição, perdeu 95 hectares de área verde em 2020. A secretaria do Meio Ambiente, Ana Claudia Passos, informou que o município tem trabalhado para manter as áreas preservadas.

"Nós temos dois projetos importantes que visam a recuperação de várias nascentes, plantios de mudas, cercamento, construção de barradinhas, para que a gente possa ter a recuperação", disse Ana Claudia. (G1 Bahia)

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