Viúva suspeita por morte do marido chegou a organizar 'carreata da saudade'
Empresária Ana Cláudia Flor, viúva do empresário Toni da Silva Flor, de 37 anos, assassinado em agosto de 2020, foi presa em Cuiabá — Foto: G1. |
‘Fria
e calculista’. É dessa forma que a Polícia Civil de Mato Grosso classificou Ana
Cláudia Flor, viúva do empresário Toni da Silva Flor, de 37 anos, morto há
pouco mais de um ano em Cuiabá.
De
acordo com o delegado responsável pela investigação, Marcel Gomes de Oliveira,
a mulher, que chegou a liderar uma mobilização na cidade pedindo justiça pelo
assassinato do marido, é apontada como a mandante do crime, que teria sido
planejado por motivação financeira.
Toni
Flor foi assassinado no dia 11 de agosto de 2020. Ele levou cinco tiros quando
chegava numa academia. Imagens das câmeras de segurança mostram ele entrando no
estabelecimento depois de ter sido baleado.
“O
que chamou mais nossa atenção foi a frieza e a dissimulação da Ana Cláudia. Ela
ia até a delegacia durante as investigações e chegou ao ponto de organizar uma
carreata da saudade. É uma pessoa fria e calculista”, resumiu o delegado.
Ana
Cláudia foi presa no dia 19 de agosto e nega que tenha mandado matar o marido.
O advogado dela diz que vai provar a inocência.
A
mãe de Toni, Leonice Silva Flor, disse que desconfiava que a nora havia mandado
matar o filho dela.
“No
dia do meu aniversário ela veio de tardezinha e falou: pensou que eu esqueci da
senhora? Cantou parabéns para mim, me abraçou, me beijou. Mas dava aquele
arrepio no meu coração, que era ela [que mandou matar Toni]”, comentou a mãe do
empresário.
A
irmã de Toni, Viviane Aparecida Silva Flor, disse que ficou em choque após
saber que a cunhada era a mandante do assassinato. Ela disse que se sentiu
traída por Ana.
“Parece
que eu tinha levado um murro na boca do estômago, sabe? Era uma sensação de
dor, de nojo, de repulsa, porque se teve uma pessoa que confiou nela fui eu.
Todo mundo falava que poderia ser ela, várias pessoas, né”, afirmou.
Duas
semanas depois do assassinato, no dia 27 de agosto de 2020, num telefonema
anônimo para a delegacia, os investigadores ouviram um nome: Igor Espinosa. E
seguiram em sigilo essa nova pista.
“A
denúncia informava que o Igor teria comentado que teria matado um lutador de
jiu-jitsu na porta de uma academia, e que esse crime teria sido encomendado
pela viúva, pela esposa da vítima”, disse o delegado.
Depois
da morte de Toni, Ana Cláudia deu entrevistas repetindo a versão do crime por
engano. E começou a frequentar a casa da mãe dele.
Toni
foi casado com ela por 15 anos e deixou três filhas de 4, 8 e 9 anos. As
meninas estão com a avó materna. (G1)
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