Zuckerberg cofundador do Facebook perde US$ 6 bi no dia e deixa o posto de 4º mais rico do mundo
O
cofundador do Facebook e principal acionista da empresa, Mark Zuckerberg,
perdeu cerca de US$ 6 bilhões apenas nesta segunda-feira (4), em meio à crise
da companhia no mercado financeiro. O patrimônio do empresário é de US$ 116,8
bilhões, segundo o ranking de bilionários em tempo real da revista Forbes.
Zuckerberg
é agora a sexta pessoa mais rica do mundo. O líder é o empresário e fundador da
Tesla, Elon Musk, que detém US$ 201,2 bilhões. À frente do líder do Facebook
ainda estão nomes como Jeff Bezos (Amazon), Bernard Arnault (LVMH), Bill Gates
(Microsoft) e Larry Ellison (Oracle).
As
ações do Facebook tiveram queda de quase 5%, após a revelação da fonte que
vazou documentos internos da empresa no fim de semana e com a queda de serviços
em escala global nesta tarde.
'Facebook files'
A
ex-funcionária do Facebook Frances Haugen, de 37 anos, trabalhou como gerente
de produtos na companhia e era responsável por projetos relacionados com
eleições. Ela revelou sua identidade no último domingo (3) em entrevista à
emissora americana "CBS News" durante o programa "60 Minutes".
Foi
a partir dos documentos obtidos por ela que o "Wall Street Journal"
publicou reportagens em meados de setembro indicando que o Facebook protegia
celebridades das regras de conteúdo, que a empresa sabia que o Instagram é
"tóxico" para os adolescentes e que a resposta da empresa às
preocupações dos funcionários sobre o tráfico de pessoas foi muitas vezes
"fraca".
Durante
a entrevista à emissora de TV "CBS News", Haugen acusou o Facebook de
"colocar os lucros acima da segurança" e afirmou que "agiu para
ajudar a incentivar mudanças na gigante das mídias sociais, não para despertar
raiva".
"O
Facebook ganha mais dinheiro quando você consome mais conteúdo. As pessoas
gostam de se envolver com coisas que provocam uma reação emocional. E quanto
mais você sentir raiva, mais vai interagir, mais vai consumir“, disse Haugen.
Engenheira
da computação de formação, Haugen já trabalhou para outras empresas de
tecnologia, como o Google e o Pinterest, e se especializou na criação de
algoritmos que decidem o que as pessoas irão visualizar em seus feeds. Segundo
ela, o Facebook é "substancialmente pior" que tudo o que já viu
antes.
Desde
setembro, quando o esquema denunciado por Haugen foi exposto pelo WSJ, as ações
do Facebook colhem queda de cerca de 10%.
Facebook nega acusações
O
Facebook reagiu às reportagens do "Wall Street Journal". Nick Clegg,
vice-presidente de relações globais do Facebook, publicou uma série de tuítes
em 18 de setembro apontando o que chamou de "caracterizações
errôneas" das matérias.
Segundo
ele, as alegações de que o Facebook ignoraria de forma deliberada e sistemática
pesquisas inconvenientes são "falsas". A rede também disse que os
documentos vazados foram divulgados ao público "sem contexto" o
suficiente e decidiu publicar os materiais com "anotações".
Ao
g1, o Facebook disse que: "Todos os dias, nossas equipes trabalham para
proteger a capacidade de bilhões de pessoas de se expressar abertamente e, ao
mesmo tempo, manter nossa plataforma um lugar seguro e positivo. Continuamos a
fazer melhorias significativas para combater a desinformação e conteúdo
prejudicial em nossos serviços. Sugerir que encorajamos conteúdo nocivo e não
fazemos nada a respeito simplesmente não é verdade".
Pane global
Somado
ao escândalo, WhatsApp, Instagram e Facebook apresentaram instabilidade no
começo da tarde desta segunda-feira (4). Internautas em todo o mundo estão
relatando dificuldade pra acessar os 3 serviços — todos do Facebook.
O
termo WhatsApp se tornou o primeiro nos Trending Topics do Twitter no Brasil por
volta das 12h50. Cerca de meia hora depois, o concorrente Telegram, que segue
no ar, passou a ser o segundo mais comentado. (Fonte: g1)
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