Brasil: Petrobras reajusta preços da gasolina em 18,8%, diesel 24,9% e gás de cozinha 16,1%.
Em
meio à disparada dos preços do petróleo, a Petrobras anunciou nesta
quinta-feira (10) reajustes nos preços de gasolina e diesel após quase 2 meses
de preços congelados nas refinarias.
"Após
57 dias sem reajustes, a partir de 11/03/2022, a Petrobras fará ajustes nos
seus preços de venda de gasolina e diesel para as distribuidoras", informou
a estatal, em comunicado.
A
partir desta sexta-feira (11), o preço médio de venda da gasolina para as
distribuidoras passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro, um aumento de 18,8%.
Para o diesel, o preço médio passará de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro, uma
alta de 24,9%.
Para
o GLP, o preço médio de venda do GLP da Petrobras, para as distribuidoras foi
reajustado em 16,1%, e passará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por kg, equivalente a R$
58,21 por 13kg. O produto não era reajustado há 152 dias.
"Após
serem observados preços em patamares consistentemente elevados, tornou-se
necessário que a Petrobras promova ajustes nos seus preços de venda às
distribuidoras para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos
de desabastecimento, pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às
diversas regiões brasileiras", justificou a Petrobras, acrescentando que
decidiu não repassar de imediato a volatilidade decorrente da guerra na
Ucrânia.
"Esses
valores refletem parte da elevação dos patamares internacionais de preços de
petróleo, impactados pela oferta limitada frente a demanda mundial por energia.
Mantemos nosso monitoramento contínuo do mercado nesse momento desafiador e de
alta volatilidade", acrescentou a estatal.
Mudanças
na política de preços
O
mercado segue de olho em medidas do governo para conter a alta dos preços dos
combustíveis para os consumidores. Sem consenso para a análise, o Senado adiou
na quarta-feira (9), pela terceira vez, a votação de dois projetos com o
objetivo de conter a alta de preços dos combustíveis.
Desde
2016, a Petrobras passou a adotar para suas refinarias uma política de preços
que se orienta pelas flutuações do preço do barril de petróleo no mercado
internacional e pelo câmbio. O presidente Jair Bolsonaro, mirando a campanha à
reeleição, tem indicado, porém, que não deve deixar a estatal brasileira
repassar integralmente a alta do petróleo no mercado internacional aos preços
do mercado interno.
O
petróleo Brent, principal referência internacional, já acumula alta de mais de
40% no ano, e chegou a alcançar US$ 139 na segunda-feira (7).
Levantamento
divulgado no começo de março pela Associação Brasileira dos Importadores de
Combustíveis (Abicom) mostrou que os valores médios de diesel e gasolina da
Petrobras nas refinarias tinham atingido 25% de defasagem ante a paridade de
importação, um nível não visto há cerca de 10 anos. (Fonte: G1)
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