Trecho de entrevista obscena de morador de rua vaza e Band pede desculpas
Um
trecho da entrevista concedida pelo morador de rua Givaldo Alves à TV
Bandeirantes circulou nas redes sociais desde a noite desta quinta-feira (24).
Na conversa, o baiano descreveu com detalhes o encontro sexual com a esposa de
um personal trainer de Planaltina, no Distrito Federal.
A
TV Bandeirantes emitiu uma nota oficial repudiando o vazamento de um trecho.
Segundo a emissora, o corte vazou de seu sistema interno, de forma ilegal e mal
intencionada. Também foi aberta uma investigação interna para averiguar o caso.
A
emissora afirmou que a entrevista não foi ao ar: “Sobre o vídeo que circula na
internet de uma entrevista do morador de rua que foi espancado por um personal
trainer que o acusa de ter abusado sexualmente de sua esposa, a Band esclarece
que essa entrevista não foi ao ar. Trata-se de um trecho de uma gravação que
vazou do sistema interno da emissora de maneira ilegal e mal intencionada.”
'Consensual'
O
morador de rua Givaldo Alves falou pela primeira vez após virar notícia e meme
no Brasil inteiro por ter sido flagrado transando com a esposa de um personal
trainer em Planaltina, no Distrito Federal. Em entrevista ao portal Metrópoles,
ele, que é baiano, afirmou que a relação foi consensual e que a mulher que o
convidou.
Na
versão narrada por Givaldo, de 48 anos, ele andava tranquilamente pela rua
quando a mulher se aproximou e gritou: "moço, moço. Quer namorar
comigo?"
Ao
ouvir o convite, o baiano titubeou, afirmando que não tinha tomado banho.
“Moça, eu não tenho dinheiro, sou morador de rua. Não tenho dinheiro nem para
te levar ao hotel. Então, ela disse: ‘Pode ser no meu carro’”, contou.
Hoje
em situação de rua, Givaldo conta que já exerceu diversas atividades laborais,
como operário de construção civil e motorista de produtos perigosos. Ele foi
casado e tem uma filha de 28 anos.
Antes
de aparecer em Planaltina, ele peregrinou por cidades da Bahia, Tocantins,
Minas Gerais e Goiás. Desde que chegou ao Distrito Federal, alterna a rotina
nas ruas entre abrigos públicos e casas de passagens, contou ao Metrópoles.
Na
entrevista, ele rebateu a versão do personal trainer, que afirma que a esposa
foi vítima de estupro. “Deus me colocou em um lugar cercado por câmeras que
comprovam não ter havido nada disso (estupro). Se fosse outro morador de rua,
possivelmente já estaria preso”, disse, aliviado.
Ao
ser agredido pelo educador físico, Givaldo conta ter reagido e revidado. “Nós
trocamos socos”. O sem-teto diz que só tomou conhecimento de que a mulher era
casada quando recebia atendimento médico no hospital. Até então, ele achava ter
sido vítima de uma retaliação após testemunhar um motorista em um carro
arrastando propositalmente uma mulher, na região, alguns dias antes. Por essa
razão, deduzia que o autor do crime poderia estar se vingando.
Caso
O
episódio, que aconteceu no dia 9 de março, começou quando Sandra saiu de casa
com a sogra para uma ação de caridade, promovida pela igreja evangélica que as
duas frequentavam, em Planaltina.
A
mãe do personal trainer teria dito que, horas antes, Sandra teria dado uma
Bíblia para um morador de rua. Posteriormente, Sandra teria saído de casa
novamente, e o marido foi à sua procura.
Lá,
ele flagrou a mulher tendo relações sexuais com um morador de rua, dentro do
próprio carro. Eduardo Alves agrediu, então, o sem-teto. "Eu conheço a Sandra,
não é da índole dela. Temos um relacionamento de 3 anos. Durante esses anos,
não teve um caso dela ter surtado", disse Alves, apontando que a mulher
não fazia uso de nenhum medicamento.
Sandra
havia começado a frequentar a Igreja três dias antes do incidente, de acordo
com o relato do homem. Em um aúdio
obtido pelo GLOBO, a mulher afirma que enxergava o morador de rua ora como
Eduardo, ora como Deus.
Eduardo
Alves se diz preocupado com a honra e com a saúde da mulher, que passou a ser
alvo de chacota. Ele diz ter deletado os seus perfis das redes sociais.
(Correio)
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