Bahia: Dois novos casos de sarampo são confirmados e estado totaliza 22 ocorrências
Dois
novos casos confirmados de sarampo foram registrados na Bahia, segundo boletim
divulgado nesta quinta-feira (17), pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia
(Sesab).
Com
isso, o número de ocorrências confirmadas da doença no estado sobe, em uma
semana, de 20 para 22. O último boletim havia sido divulgado em 10 de outubro.
Segundo
a Sesab, os números correspondem a levantamento feito até a semana
epidemiológica 41 (12/10). Dos 22 casos de sarampo confirmados na Bahia, 12 são
em Santo Amaro, 5 em Gandu, 1 em Ituberá, 1 em Jacobina, 1 em Palmeiras, 1 em
Salvador e 1 em Andorinha.
A
Sesab ainda destaca que, do total de casos, cinco são importados, o que
significa que a contaminação ocorreu em outras localidades fora da Bahia, mas a
notificação se deu durante a estadia aqui no estado. esses casos são em Porto
Seguro (1), Salvador (1), Souto Soares (1) e Caetité (2).
Até
o momento, foram notificados 536 casos suspeitos de sarampo, sendo 282
descartados, 22 confirmados, enquanto 232 permanecem em
investigação.
Campanha de vacinação
Começou
na segunda-feira (7) a campanha nacional de vacinação contra sarampo. A ação
segue até o dia 25 de outubro. Nesta quinta-feira é celebrado o Dia Nacional de
Vacinação e, em Salvador, estão sendo realizadas campanhas de conscientização
quanto à importância da imunização e atualização da caderneta de vacina.
O
público-alvo é formado por crianças de 6 meses a menores de 5 anos (4 anos, 11
meses e 29 dias), devido a vulnerabilidade desse grupo contrair o agravo e
evoluir para complicações graves e até mesmo levar ao óbito.
Em
Salvador, todos os postos de saúde irão oferecer a imunização contra a doença.
O atendimento nas unidades ocorre de 8h às 17h, de segunda a sexta-feira
(exceto feriados).
Sarampo
O que é:
O
sarampo é uma doença infecciosa, extremamente contagiosa, transmitida pela
tosse e espirro, e pode ser contraída por pessoas de qualquer idade.
Como é transmitido:
De
pessoa a pessoa, através das secreções nasais ao tossir, expirar ou falar. O
contágio também se dá por dispersão de gotículas com partículas virais
(aerossóis) no ar, em ambientes fechados como, por exemplo, escolas, creches e
clínicas. O vírus pode permanecer em ambiente fechado por até duas horas depois
de a pessoa infectada ter saído do local.
Sintomas:
Os
sintomas da doença aparecem apenas de 10 a 14 dias após a exposição ao vírus.
Incluem tosse, coriza, olhos inflamados, dor de garganta, febre e irritação na
pele com manchas vermelhas. Além disso, em casos mais graves, pode causar
também infecção nos ouvidos, pneumonia, diarreia, convulsões e lesões no
sistema nervoso.
Diagnóstico e tratamento:
O
diagnóstico é clínico e pode ser confirmado com exames de laboratório
específicos como IgM para Sarampo ou PCR (reação da cadeia de polimerase) para
identificar o vírus. Não há tratamento para uma infecção de sarampo que já está
estabelecida e é necessário auxílio médico para aliviar os sintomas e
acompanhar a evolução do paciente. Normalmente, os sintomas desaparecem em dias
ou semanas.
Situação:
A
doença é uma das principais responsáveis pela mortalidade infantil em países do
Terceiro Mundo. No Brasil, graças às sucessivas campanhas de vacinação e
programas de vigilância epidemiológica, a mortalidade não chega a 0,5%. Porém,
em 2017, a vacinação de crianças menores de um ano teve seu menor índice de
cobertura em 16 anos no país. A baixa taxa de imunização é um dos motivos de o
vírus ter voltado a circular no Brasil.
Prevenção:
Vacinar
é o meio mais eficaz de prevenir o sarampo. Duas doses da vacina são
recomendadas para garantir a imunidade e evitar surtos, pois aproximadamente
15% das crianças vacinadas falham no desenvolvimento de imunidade da primeira
dose. A vacina Tetra Viral é indicada para prevenção do sarampo e está
disponível nos postos de saúde para crianças a partir de 6 meses de idade.
Outra opção é a vacina tríplice viral. (Fonte: G1 Bahia)
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