Assessor de Leonardo morreu atingido por tiros provavelmente acidentais, diz polícia
A
Polícia Civil de Goiás começou a investigar a morte de Nilton Rodrigues da
Silva, conhecido como “Passim”, que era assessor e amigo do cantor Leonardo.
Segundo a corporação, tudo indica que a vítima, de 60 anos, morreu após ser
atingida por dois tiros acidentais enquanto estava na fazenda do artista, que
fica em Jussara, no oeste do estado.
Passim
morreu na madrugada de quinta-feira (4). De acordo com o delegado Kléber
Toledo, responsável pela investigação, o assessor estava com uma arma, a qual
disparou acidentalmente e atingiu a mão dele. Em seguida, conforme a
corporação, outro tiro atingiu a perna esquerda dele.
A
Polícia Civil também informou que, a princípio, Passim estava sozinho numa
suíte no momento do acidente e foi a um banheiro para tentar estancar o
sangramento, mas não resistiu à hemorragia e morreu dentro do cômodo.
A
corporação estima que os tiros foram disparados por volta de 2h, mas o corpo da
vítima foi encontrado às 12h30. Segundo o investigador, inicialmente, o fato
havia sido noticiado como possível suicídio, o que ficou afastado pelas equipes
da Polícia Civil e da Polícia Técnico Científica após uma perícia inicial.
"Chegamos
à conclusão preliminar que a morte, infelizmente ocorrida, decorreu de um
manuseio incorreto e imprudente de arma de fogo", afirmou o delegado.
Além
dele, havia mais três pessoas na fazenda, que dormiam em cômodos distantes, de
acordo com as apurações. A Polícia Civil informou que conversou com as pessoas
que estavam na propriedade, mas que deve ouvir todas formalmente, na delegacia,
durante a investigação. Os laudos periciais também devem ser feitos e
analisados.
A
corporação identificou a arma como sendo uma Glock 380. O G1 questionou a
Polícia Civil, por mensagens enviadas às 10h desta sexta-feira (5), de quem era
a arma e se ela estava legalizada, mas não obteve retorno até a última
atualização desta reportagem.
A
assessoria da Polícia-Técnico Científica (PTC) informou que equipes de Perícia
Criminal e de Medicina Legal fizeram a perícia no local e no corpo com o
objetivo de fornecer suporte técnico-científico às investigações da polícia.
A
assessoria de Leonardo já havia informado, ainda na quinta-feira, que "a
morte foi acidental".
Homenagens
Passim
trabalhava no meio artístico há cerca de 30 anos. Ele deixa esposa e dois
filhos. Até a última atualização desta reportagem, não haviam sido divulgadas
informações sobre velório e enterro.
Vários
amigos do assessor expressaram luto pela morte dele. Entre eles a esposa de
Leonardo, Poliana Rocha, que publicou nas redes sociais textos falando sobre a
companhia de Passim e a falta que ele fará:
“Nosso
‘Rambo’, amigo, irmão, companheiro, secretário, filho, fiel escudeiro e muito
mais partiu. Estamos um caco, só frangalhos! Amanhã falo com vocês. Estamos sem
chão. A vida hoje ficou cinza”, escreveu.
Filho
do assessor, Hugo Rodrigues fez uma declaração ao pai, dizendo que não teve
como se despedir, mas que Passim deixou "um legado lindo".
"Nos
deixou tão de repente, pai. Não tivemos tempo de nos abraçar ou de falar um
último 'eu te amo', como dizíamos todos os dias. [...] Nossa trajetória não
acabou aqui, pai. Eu vou te encontrar ainda. Me espera, meu velho. Te amo e
sempre vou te amar", escreveu o filho.
O
cantor Zé Felipe, filho de Leonardo, postou vídeo com Passim em sua rede social
e disse que "não dá para acreditar" na perda do amigo (veja abaixo).
A
gravação compartilhada mostra um momento de brincadeira e descontração em que
Zé Felipe pede para que o amigo não morra nunca.
"Se
você morrer, eu desenterro você e ponho em pé de novo", diz Zé Felipe. (G1
Goiás)
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