Xuxa sugere usar presos para testar vacinas: 'Que sirvam para algo'
Xuxa
Meneghel, 58 anos, causou polêmica nesta sexta-feira (26) ao defender em uma
live da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) que remédios
e vacinas sejam testados em presidiários. Segundo a apresentadora, assim
"pelo menos eles serviriam para alguma coisa antes".
O
bate-papo, que ocorreu ao vivo por meio do Instagram, era para falar sobre
direitos dos animais. Xuxa, que é defensora da causa, conversava sobre os
testes feitos em bichos. Atualmente vegana, ela já declarou ter chegado a ter
54 animais em casa.
Sobre
testes de vacinas, ela declarou: "Eu posso não ser a favor, mas, ao mesmo
tempo, eu entendo que é uma necessidade nossa de vida ou morte".
"Agora, o cosmético, eu acho que é desnecessário", afirmou.
"Xampu, maquiagem, o que seja, tudo... Acho totalmente
desnecessário."
"Acho
que existem pessoas em vários lugares do mundo que falam: 'Eu quero ser cobaia,
eu vou ganhar por isso, eu empresto meu rosto, se der alguma coisa, problema
nenhum, se der [problema] no meu cabelo, problema nenhum, eu ganho por
isso'."
Ela
avaliou que essa seria a melhor forma de conduzir os testes daqui por diante.
"Acho que as pessoas têm que usar mais esse caminho e não o que é mais
fácil, [que é] pegar um macaquinho, e vamos ver o que acontece, vamos pegar um
bicho para ver o que acontece com o pelo do bicho, ou no olho, enfim..."
Foi
quando ela chegou na parte mais controversa da fala. "Acho também que, com
remédios e coisas, eu tenho um pensamento que pode parecer muito ruim para as
pessoas, que pode parecer desumano", anunciou. "Na minha opinião, eu
acho que existem muitas pessoas que fizeram muitas coisas erradas que estão aí
pagando seus erros em ad eternum, para sempre em prisão, que poderiam ajudar
nesses casos aí, de pessoas para experimentos."
"Acho
que pelo menos eles serviriam para alguma coisa antes de morrer,
entendeu?", afirmou. "Para ajudar a salvar vidas, com remédios,
tudo."
Apesar
de o apresentador da live, Tiago Azevedo, ter concordado com ela, a própria
apresentador reconheceu que a posição era polêmica. "Vai vir um pessoal
que é dos direitos humanos e vai dizer: 'Não, eles não podem ser usados'",
disse.
"Se
são pessoas que já estão provados (sic) que vão viver 60 anos na cadeia, 50
anos na cadeia, e vão morrer lá, acho que poderiam usar um pouco da vida delas
pelo menos para ajudar algumas pessoas, provando remédios, provando vacinas,
provando tudo nessas pessoas para ver se funciona, entendeu?", declarou.
"Essa é a minha opinião, já que vai ter que morrer na cadeia, que pelo menos
sirva para ajudar em alguma coisa."
Vale
lembrar que, no Brasil, não existe prisão perpétua. A pena máxima de prisão é
de 40 anos, de acordo com a lei 13.964, de 2019, sancionada em dezembro pelo
presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Até então, o máximo que alguém podia
ficar preso no país era 30 anos. (Folhapress)
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