Vídeo: Moradora de Coité completa 116 anos. Idosa é a mais velha da Bahia, segunda do Brasil e quarta do mundo
Treze
de junho é consagrado a Santo Antônio e marca o dia de sua morte, muitos que
nascem nesta data recebem o nome do Santo, é o caso de Dona Antônia Santa Cruz
que nasceu em 13 de junho de 1905. Ela nasceu em Sítio Maria Vitória uma
comunidade que faz limite entre os municípios de Santaluz e Conceição do
Coité, reside atualmente com a filha
Maria de 82 anos, em Salgadália – Coité.
Dona
Antônia conta com o carinho e proteção da filha Maria, da neta Miriam e do
bisneto Maicon | foto: Facebook de Miriam
Informações
apuradas pelo Calila Notícias junto ao correspondente no Brasil, do Gerontology
Research Group (GRG) “Grupo de Pesquisa em Gerontologia, Tiago José Soares
Silva, morador de Vitória da Conquista, sudoeste baiano, em 1905 Coité e
Santaluz não eram emancipados e Sítio Maria Vitória pertencia a Queimadas, sua
certidão de nascimento é do referido município, porém, após se casar foi morar
em Coité já emancipado (1933). O batizado de Dona Antônia também aconteceu na
Paróquia de Coité.
Portanto,
neste domingo, 13/06 Dona Antônia está completando 116 anos de vida e podemos
dizer gozando de muita saúde, já que é uma pessoa que dorme e se alimenta bem e
não tem doença cronica. Ela já está vacinada com a primeira e segunda dose
contra Covid-19.
Dona
Antônia lembra de muita coisa, fala e ouve bem | Foto: Raimundo Mascarenhas
O
Calila Notícias tomou conhecimento da existência desta idosa em dezembro de
2019 aos 114 anos e meio, quando fez a primeira reportagem (relembre). Na
ocasião Tiago manteve contato com nossa redação e iniciou uma série de
pesquisas até conclui que Dona Antônia é a quarta mulher viva mais velha do
Mundo com 116 anos, a terceira é também brasileira do Estado do Ceará, Francisco Celsa dos Santos, 116 anos e 235
dias, segunda mais velha a francesa Lucile Randon, 117 e 122 dias e a primeira,
a japonesa Kane Tanaka 118 e 162 dias.
Relação das cinco mais velhas do mundo
Conforme
a relação, a quinta mulher mais velha do mundo é Takla Juniewicz da Áustria e
residente na Polônia. Ela tem 115 anos e 3 dias.
Assim,
de acordo com a GRG, Dona Antônia Santa Cruz é a baiana mais velha e a segunda
do Brasil. A grande coincidência é que nasceu em 13 de junho de 1921 o irmão
dela que também ganhou o nome de Antônio. Ele completaria hoje 100 anos.
Faleceu em 13 de julho do ano passado, ou seja, aos 99 anos e 30 dias. Dona
Antônia tem uma irmã no Rio de Janeiro que está com aproximadamente 106 anos.
O
CN voltou a casa de Dona Antônia neste domingo e acredite, encontrou a idosa
aparentemente mais lúcida do que viu em 2019, disse que se alimenta de tudo que
a filha Maria de 82 anos e a neta Miriam oferecem. Ela tinha 12 anos quando
ocorreu a pandemia da Gripe Espanhola que teve inicio em janeiro de 1918 a
dezembro de 1920, infectou uma estimativa de 500 milhões de pessoas, cerca de
um quarto da população mundial na época.
Nossa
equipe perguntou se ela lembra da pandemia, “e eu me esqueço? Parecia que ia
matar todo mundo”, contou.
Lembrou
também dos revoltosos, algo que muitos comparavam ao grupo de Lampião. O sertão
nordestino viveu grandes agitações entre 1925 e 1926. E quando no rastro dos
soldados de lenço vermelho vinham os soldados do governo, os legalistas, as
atribulações pareciam não ter fim: homens arrogantes, nervosos, violentos,
exibindo uma autoridade desregrada, fazendo questão de mostrar tudo que podiam.
Ela
contou que o marido se escondia no mato quando os revoltosos apareciam, e certa
vez ela estava chegando em casa com um cesto de milho seco na cabeça, tinha uns
homens armados dentro de sua casa “e eles me perguntaram pra que era aquilo e
eu disse que era pra dar as galinhas, ai eles disse há bom!”.
Para
se ter uma ideia do tempo que Dona Antônio nasceu destacamos além da Gripe
Espanhola que aconteceu na pré-adolescência dela, viu as duas grandes guerras
mundiais, e na primeira Copa do Mundo 1930 era mãe de família.
O
presidente da república quando ela tinha um ano era Afonso Pena.
Sobre o GRG
Correspondente
do GRG Tiago José disse que o padre e a Secretaria paroquial facilitaram a
pesquisa sobre a vida de dona Antônia
O
grupo surgiu de pesquisadores da Universidade da Califórnia em Los Angeles, tem
atualmente como diretor executivo Johnny Adams que mora na Califórnia, Estados
Unidos. O diretor da Divisão de Dados Robert Young mora no estado da Geórgia,
Estados Unidos.
Um
dos fundadores e membro mais ativo, que impulsionou o GRG foi o Dr. L. Stephen
Coles que morreu em 2014.
Todos
são voluntários nessa organização.
Tiago
José Soares Silva correspondente no Brasil disse que durante a pesquisa não
encontrou dificuldade, segundo ele, o padre e a Secretaria Paroquial
facilitaram tudo e ele teve acesso a todos documentos relacionados a Dona
Antônia.
Nossa
equipe fez a reportagem também em vídeo para contar o breve relato da história
dela e cantar parabéns para Dona Antônia no momento que a neta Miriam Medrado
chegou com um bonito bolo. (Fonte: Calila Notícias)
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