Polêmica: Presidente Bolsonaro revoga luto pelas mortes de ACM e Luís Eduardo
O
presidente Jair Bolsonaro (PL) realizou 25 revogações de decretos de luto que
foram editados por três dos seus antecessores no cargo, apesar dos decretos
perderem efeito automaticamente após o período de luto ser concluído. Duas
dessas revogações são da política baiana: Luís Eduardo Magalhães, falecido em
1998, e seu pai, Antônio Carlos Magalhães, falecido em 2007.
Os
lutos haviam sido editados por Itamar Franco, entre 1992 e 1994, Fernando
Henrique Cardoso, entre 1995 e 2002 e Luiz Inácio Lula da Silva, entre 2003 e
2010. Segundo especialistas, a revogação não nega a homenagem, pois foi feita,
contudo, tira o reconhecimento público à pessoa.
Também
tiveram os seus lutos revogados o rei Balduíno I da Bélgica, falecido em 1993;
o premiê israelense Yitzhak Rabin (1995); o antropólogo, historiador, cientista
político e romancista Darcy Ribeiro (1997); o ex-governador de São Paulo, André
Franco Montoro (1999); os religiosos Hélder Câmara (1999) e frei Damião de
Bozzano (1997); o economista e diplomata Roberto Campos (2001); o ex-governador
de Pernambuco, Barbosa Lima Sobrinho (2000); o presidente das Organizações
Globo, Roberto Marinho (2003); e o Publisher do grupo Folha de S. Paulo, Octavio
Frias de Oliveira (2007).
No
entanto, Bolsonaro não revogou os lutos aos ex-presidentes da República no
período da ditadura militar, Ernesto Geisel (1996) e João Figueiredo (1999); ao
ex-presidente da Argentina, Néstor Kirchner (2010); e ao pedetista Leonel
Brizola (2004).
Luto
em seu mandato
Durante
o seu mandato, Bolsonaro só declarou luto por duas vezes desde que assumiu o
cargo. Uma no ano passado com o falecimento do ex-vice-presidente da República,
Marco Maciel, e outra pela morte do escritor Olavo de Carvalho, guru do presidente,
ocorrida nesta semana. (Fonte: A Tarde)
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