Bahia: Filho de mulher que morreu após ser atropelada pelo ex-marido presenciou crime: 'desumano', diz irmão da vítima
O
filho de Leidiane Nascimento Paraguassu, de 31 anos, que morreu após ser
atropelada pelo ex-marido, em Simões Filho, na Região Metropolitana de
Salvador, estava no caminhão com o pai no momento do crime, de acordo com
informações de Wellington Paraguassu, irmão da vítima.
"O
filho deles presenciou tudo. Acho que é uma monstruosidade um ser humano não
pensar no próprio filho. Uma situação dessa, na frente do próprio filho, é
desumano", desabafou.
Segundo
o tio do garoto, após o crime, o homem teria abandonado a criança no interior
do veículo.
"Ele
disse que quando viu que era a mãe [que estava na moto], pediu para o pai
frear. E ele [suspeito] não freava. Ele falava: 'pai, esse não é o freio, é o
acelerador'. E ele continuou indo para cima [da moto com o caminhão], ao ponto
de sair, abandonar o veículo e largar a criança de 7 anos dentro do
caminhão".
O
caso aconteceu na noite de sábado (12) e o ex-marido da vítima, identificado
como Sivanildo Macedo, é procurado pela polícia.
No
momento do crime, a vítima estava em uma moto, acompanhada do suposto namorado,
que não teve a identidade revelada. Ele foi socorrido para o Hospital Municipal
de Simões Filho e depois, transferido para o Hospital Geral do Estado (HGE),
devido a gravidade dos ferimentos.
Segundo
o irmão de Leidiane, o sobrinho, que tem apenas 7 anos, ficou muito abalado ao
ver a mãe sendo morta pelo próprio pai. "A gente precisa muito que ele
passe por um psicólogo, porque é uma criança que presenciou uma situação como
essa. Imagine ele vendo o próprio pai matando a mãe".
Ainda
segundo Wellington Paraguassu, o relacionamento de Leidiane com o ex-marido era
conturbado e, apesar de não ter "provas concretas", ele acredita que
a irmã já havia sido espancada por Sivanildo.
"A
gente percebia pelo comportamento que ela chegava em casa: mal, arrasada,
chorando, e pelo histórico dele, recentemente, ele espancou o próprio irmão.
Então quando ele bebia, era confusão o tempo todo. Ele brigava e não respeitava
a família", disse.
"[Ele]
não queria que ela fosse feliz, já falou que se ela arrumasse outra pessoa, ele
dava um fim [na vida dela]".
Em
relação ao suposto namorado da irmã, Wellington não soube confirmar, de fato,
se Leidiane já estava em um relacionamento sério.
"Era
uma pessoa que ela estava iniciando [um possível relacionamento], mas não foi
concretizado se realmente estava se relacionando com ele. Porém, independente
de ter relacionamento ou não, ele era um amigo dela. Ela estava fazendo a
trajetória diária que fazia, vindo do trabalho com esse rapaz", comentou.
Por
conta de todo histórico e das suas informações, Wellington diz que não vê a
possibilidade da morte da irmã ter sido acidental. "Ela [voltava do
trabalho, quando] se deparou com ele [ex-marido]. Não tem como ter sido
acidente, porque o lugar não era lugar de movimentação de carro. Era um caminho
até deserto". (g1 Bahia)
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